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Boletim InfoGripe aponta crescimento de casos de SRAG associados à Covid-19 no Brasil

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[Foto: Mauricio Bazilio / GovRJ]

O Boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (19/12), pela Fundação oswaldo Cruz (Fiocruz), aponta para o aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19 em algumas regiões do país. A análise, referente à Semana Epidemiológica 50 (8 a 14 de dezembro), destaca crescimento em estados como Ceará e Minas Gerais, este último com impacto significativo na população idosa.

No agregado nacional, o boletim sinaliza aumento de SRAG tanto em tendências de curto prazo (últimas três semanas) quanto de longo prazo (últimas seis semanas). Onze estados apresentam alta na tendência de longo prazo, com destaque para Amazonas, Acre, Distrito Federal e Sergipe, onde também foram registrados aumentos em crianças e adolescentes, causados principalmente por rinovírus.

Entre as capitais, dez municípios, incluindo Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE) e Aracaju (SE), mostraram crescimento de casos. No cenário nacional, os casos positivos de SRAG foram predominados por SARS-CoV-2 (31,1%), seguido por rinovírus (38,6%). Em relação aos óbitos, a prevalência de Covid-19 alcançou 63,6% entre os casos positivos.

A pesquisadora Tatiana Portella, recomenda medidas preventivas durante as festas de fim de ano, como o uso de máscaras em caso de sintomas gripais e a priorização de ambientes arejados, devido ao aumento recente de Covid-19 em algumas regiões.

“Para as festas de fim de ano recomendados o uso de máscaras caso surjam sintomas de gripe ou resfriado. Também sugerimos, sempre que possível, priorizar ambientes mais arejados, especialmente neste momento de início de aumento do número de casos de Covid-19”, orienta a pesquisadora.

Cenário epidemiológico 2024


Segundo Tatiana, o Brasil enfrentou duas ondas significativas de Covid-19 em 2024, uma no início do ano e outra a partir de agosto, impactando estados do centro-sul, como São Paulo. No mesmo período, o país registrou uma redução de 40% nos casos de SRAG por Covid-19 em relação a 2023.

Apesar da menor atividade de vírus respiratórios neste fim de ano, os dados ressaltam a importância de manter a vigilância e as medidas de proteção, especialmente diante da crescente circulação de SARS-CoV-2.

“Quanto ao cenário epidemiológico deste fim de ano, observamos uma menor atividade desses vírus respiratórios, com exceção apenas da Covid-19, que já começa a apresentar sinais de aumento em algumas regiões do país”, concluiu Tatiana Portella.

*Com informações de Fiocruz

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