Varejo brasileiro atinge novo recorde com aumento de 1,0% em fevereiro, segundo IBGE
[Foto: Ilustrativa]
As vendas no comércio varejista no Brasil registraram um aumento de 1,0% na passagem de janeiro para fevereiro, alcançando o maior patamar da série histórica iniciada em janeiro de 2000. Esse crescimento representa a segunda alta consecutiva, após um aumento de 2,8% em janeiro. Segundo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira (11/04) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa é a primeira vez desde setembro de 2022 que o varejo registra dois meses consecutivos de alta.
“Entre os destaques dessa passagem é termos observados dois meses consecutivos de altas, o que não acontece desde meados de 2022. No entanto, naquele momento o crescimento combinado dos dois meses foi menor, menos intenso. Outro aspecto a ser destacado é que nos últimos dois anos ou janeiro ou fevereiro vieram mais fortes, mas com posterior queda. Em 2024, houve alta tanto em janeiro quanto em fevereiro”, disse o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.
Seis das oito atividades investigadas na pesquisa apresentaram avanço em fevereiro deste ano. Os principais destaques foram os setores de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com crescimento de 9,9%, e de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, com aumento de 4,8%.
No setor de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, o crescimento foi impulsionado principalmente pelos produtos farmacêuticos. Houve um aumento de preços, resultando em um crescimento ainda maior no volume de receitas.
Já o setor de Outros artigos de uso pessoal e doméstico registrou uma alta significativa de 4,8% na passagem de janeiro para fevereiro e de 9,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse resultado é particularmente expressivo, pois representa o segundo mês consecutivo de crescimento, após um período de dificuldades ao longo de 2023.
O pesquisador do IBGE ressaltou que esse setor enfrentou desafios, incluindo uma crise contábil em algumas empresas grandes. No entanto, esse crescimento consecutivo nos últimos meses tem impulsionado o setor para um cenário positivo, mesmo diante das adversidades enfrentadas.
“É um resultado que é bastante expressivo, pois é o segundo mês consecutivo de crescimento, o que também joga o bimestre para o campo positivo, de um setor que vinha sofrendo. Ao longo de 2023, apenas nos meses de agosto e novembro o resultado não foi negativo. Foi um setor que sofreu por causa de uma crise contábil em algumas empresas grandes que estão nessa atividade, que é muito influenciada por lojas de departamentos, que tiveram lojas físicas fechadas”, finalizou Cristiano Santos.