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Carro popular vai ficar mais barato para o consumidor?

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[Foto: Ilustrativa]

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou uma reunião com representantes do setor automotivo para discutir medidas de estímulo aos fabricantes de veículos. O objetivo principal é impulsionar o setor, aumentar a produção e gerar empregos. Uma das medidas anunciadas é a redução de impostos para carros com valor de até R$ 120 mil, sendo que os percentuais de desconto serão diferenciados levando em consideração critérios como preço, eficiência energética e uso de peças nacionais.

Os descontos nos preços finais dos veículos irão variar de 1,5% a 10,96%, conforme explicado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, que participou da reunião juntamente com o ministro Fernando Haddad (Fazenda). Alckmin, que também é titular da pasta de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, afirmou que essa medida é temporária e visa estimular um setor que enfrenta dificuldades e atualmente opera com ociosidade de 50%.

As medidas completas serão anunciadas em junho e foram discutidas em conjunto com representantes dos fabricantes, revendedores e trabalhadores, durante o encontro realizado no Palácio do Planalto, em Brasília, no final da manhã daquela quinta-feira (25/5). Essas ações fazem parte de um conjunto de iniciativas para impulsionar a indústria brasileira.

Durante a reunião, o presidente Lula ressaltou a importância do setor automotivo para a economia e expressou sua preocupação com a queda no tamanho do setor nos últimos anos, com as vendas atuais representando apenas metade do volume registrado há uma década.

Lula destacou também a relevância do crédito como forma de estimular a economia e permitir que pessoas de baixa renda possam adquirir veículos com prestações acessíveis. Ele enfatizou a necessidade de haver dinheiro nas mãos do povo para impulsionar a economia e mencionou que os primeiros cinco meses de seu governo foram dedicados à retomada das políticas sociais, com medidas para impulsionar a infraestrutura, incluindo obras de ferrovias e rodovias.

Márcio Lima, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), reconheceu a importância das medidas para a retomada do setor e afirmou que a indústria automotiva está parada, mas confiante na economia brasileira, com planos de investimento de R$ 50 bilhões.

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, reconheceu os esforços do governo para reindustrializar o Brasil e destacou a necessidade de o setor industrial como um todo recuperar sua participação no PIB. Ele expressou apoio à possibilidade de uma política que permita a retomada da indústria e mencionou o desejo de que o setor industrial alcance novamente 48% do PIB.

Tanto o vice-presidente Alckmin quanto o ministro Fernando Haddad defenderam a combinação de um marco fiscal, reforma tributária e redução das taxas de juros como uma tríade fundamental para impulsionar o crescimento econômico do Brasil.

Jorge Gerdau, empresário e presidente do Conselho da Gerdau, destacou a importância da reforma tributária e da implementação do Imposto de Valor Agregado (IVA) como formas de reduzir os custos no Brasil e garantir a competitividade das empresas brasileiras.

Em um evento na Fiesp, em São Paulo, em celebração ao Dia da Indústria, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, anunciou uma linha de crédito de R$ 2 bilhões para empresas brasileiras exportadoras com receita em moeda americana ou atrelada à variação cambial, a fim de que possam investir no país. Além disso, Mercadante anunciou R$ 20 bilhões nos próximos quatro anos para financiar a inovação, tendo como referência a Taxa Referencial (TR) como taxa de juros.

Com informações da SECOM / Planalto.

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