Três mortos durante operação policial no Rio de Janeiro; Governador cobra apoio do Governo Federal
[Foto: Philippe Lima / Governo do RJ]
Em coletiva de imprensa realizada na quinta-feira (24/10), o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, expressou solidariedade às famílias das três vítimas fatais e aos feridos no incidente ocorrido na Avenida Brasil, na Zona Norte do Rio, após uma operação da Polícia Militar. De acordo com o governador, o ato foi caracterizado como terrorismo, destacando que os criminosos atiraram intencionalmente contra motoristas e passageiros, sem se tratar de uma troca de tiros.
A operação policial, que teve início pela manhã no Complexo de Israel, em Cordovil, tinha como objetivo prender suspeitos de roubo de veículos e cargas, além de restabelecer serviços de internet e telefonia na região. Conforme relato da porta-voz da Polícia Militar, tenente-coronel Claudia Moraes, os criminosos ofereceram resistência e abriram fogo nas vias, atingindo civis que nada tinham a ver com o confronto.
Geneilson Eustaque Ribeiro, uma das vítimas, chegou ao Hospital Municipal Adão Pereira Nunes em estado gravíssimo após ser transferido do Hospital Municipal Dr. Moacyr Rodrigues do Carmo. Apesar de submetido a uma craniectomia, não resistiu aos ferimentos.
Castro reforçou a importância da integração com o Governo Federal no combate ao tráfico de drogas e armas, apontando que essas questões ultrapassam a competência estadual e demandam uma abordagem nacional. Segundo ele, somente este ano o estado do Rio de Janeiro já apreendeu 540 fuzis e 55 toneladas de drogas. Além disso, ele afirmou que “a política de segurança no Rio não pode ser pensada de forma isolada”, mencionando que o estado investiu R$ 4 bilhões em segurança pública, com foco em inteligência e infraestrutura.
A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa (Alerj), em dura crítica através de nota, classificou a operação como uma “tragédia produzida pela incompetência estatal”.
A operação resultou na prisão de um suspeito e apreensão de duas granadas, mas também causou transtornos, com interrupções no tráfego da Avenida Brasil, no transporte público e no funcionamento de serviços locais, como escolas e postos de saúde.
Com informações da Agência Brasil e da Comunicação do Governo do RJ.