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Tragédia no rio Tocantins: Retirada de bombonas de agrotóxicos deverá ser retomada apenas em abril

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[Foto: Divulgação / PMTO]



A retirada das bombonas de agrotóxicos que caíram no rio Tocantins após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek, na BR-226, será retomada no final de abril, segundo o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). O acidente, ocorrido em dezembro de 2024, deixou três caminhões transportando ácido sulfúrico e agrotóxicos submersos a uma profundidade de mais de 40 metros.

De acordo com o Ibama, as condições de segurança para mergulhos foram comprometidas devido ao aumento da vazão do rio causado pela abertura das comportas da Usina Hidrelétrica de Estreito (UHE), administrada pelo Consórcio Estreito Energia (Ceste). A retirada completa do material químico deve levar cerca de 145 dias de mergulhos, conforme o plano elaborado pela empresa contratada para a operação.

“Considerando as dificuldades relacionadas à profundidade do rio no local do acidente – mais de 40 metros, a vazão de água, visibilidade entre outros aspectos – estimou-se a necessidade de 145 dias de mergulhos para a retirada de todo o material do leito do rio, conforme indicado no Plano de Mergulho da Empresa Port Ship, contratada pela Ambipar [Ambipar Participações e Empreendimentos S/A] para a atividade”, informou o Ibama.

Até o momento, 29 bombonas com 20 litros de agrotóxicos cada foram recuperadas. Entretanto, com a intensificação das chuvas e o consequente aumento do volume do rio, as operações de resgate foram suspensas em janeiro. O Ibama alertou sobre o risco de as bombonas serem deslocadas para outras regiões devido à forte correnteza.

“Diante dessa possibilidade, foi solicitado ao Consórcio Estreito Energia (Ceste) apresentação de previsão da vazão à jusante da UHE Estreito e previsão de abertura de possíveis janelas para mergulho, com o controle da vazão para próximo a 1.000 m³/s.”, informou o órgão.

O colapso da ponte, que conectava os estados do Maranhão e Tocantins, resultou na queda de 18 pessoas, das quais 14 já foram localizadas. As buscas pelos três desaparecidos continuam, utilizando drones e embarcações, enquanto os mergulhos permanecem inviáveis até o fim do período chuvoso.



*Com informações de Ibama

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