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Secretário estadual de saúde do RJ é exonerado

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[Governo do Estado Virando o Jogo/ Foto: Divulgação]

O Secretário de Saúde do Estado do Rio de Janeiro foi exonerado na manhã deste domingo (17). Edmar Santos foi nomeado no inicio do mandato do atual Governador do Estado, Wilson Witzel. A decisão do Governador de exonera-lo teria sido motivada pelo atraso nas entregas dos hospitais de campanha no estado.

Nessa semana, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagram uma operação no estado que investiga desvios de contratos na área da saúde.

Apesar da exoneração do cargo de Secretário de Saúde, Edmar Santos vai permanecer no Governo Estadual, atuando em uma comissão de notáveis para acompanhamento da pandemia de coronavírus, informou o Governador Wilson Witzel.

A inauguração do Hospital de Campanha da Cidade de São Gonçalo, que estava prevista para acontecer nesse domingo (17), acabou não acontecendo. O Governo não esclareceu os motivos e não informou nova data para inauguração da unidade.

Segundo informações, Edmar Santos deixará o cargo nesta segunda-feira (18) e será substituído por Fernando Ferry, atual diretor do Hospital Universitário Gaffrée Guinle.

Operação contra fraude

Na semana passada aconteceu no estado, a Operação Favorito, desdobramento das Operações de Descontrole, Quinto do Ouro e Cadeia Velha deflagrada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Publico Federal (MPF) investiga crimes envolvendo Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Deputados Estaduais da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ).

As investigações se referem a possíveis desvios em contratos na área da saúde do estado do Rio de Janeiro, envolvendo organizações sociais. De acordo com a PF, foram realizadas interceptações telefônicas e quebra de sigilo telemático. Ainda segundo informações do órgão, desde de fevereiro de 2020 as prisões estavam autorizadas pelo Juízo da 7ª Vara Federal Criminal, sendo que em março desse mesmo ano, foram necessárias suspensões de cumprimentos de mandatos de prisão em razão do cenário causado pela pandemia.

A operação cumpriu cinco mandatos de prisão, sendo do ex-Deputado Estadual Paulo Melo, o empresário Mário Peixoto e outras três pessoas. A PF cumpriu também 42 mandatos de busca e apreensão em 38 endereços e 11 intimações para prestar depoimentos.

De acordo com a PF, alguns empresários pagavam propinas para conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE), para Deputados Estadual e agentes públicos. O objetivo era de conseguir o fornecimento de mão de obra terceirizada para o governo estadual e demais órgãos estaduais nos últimos dez anos, inclusive durante a pandemia do novo coronavírus.

O Governador Wilson Witzel disse que determinou à CGE e a PGE a realização de uma auditoria com o objetivo de analisar os contratos existentes entre o Governo do Estado e as empresas que estão envolvidas nas operações. Ainda de acordo com Witzel, caso alguma irregularidade seja encontrada, os contratos serão cancelados e os servidores envolvidos serão exonerados de seus cargos.

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