Saúde define critérios para uso do Fostensavir no tratamento de HIV multirresistente
[Foto: Rodrigo Nunes / MS]
O Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde divulgou uma nota técnica detalhando os critérios clínicos para o uso do medicamento fostensavir 600 mg. O remédio é voltado para o tratamento de adultos vivendo com HIV resistente a múltiplos antirretrovirais.
O fostensavir foi incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) em abril de 2024, tornando-se o primeiro fármaco da classe de inibidores de ligação aprovado no mundo. O medicamento impede a entrada do vírus HIV nas células, contribuindo para a redução da carga viral e para o fortalecimento do sistema imunológico.
Segundo o Ministério da Saúde, a avaliação para o uso do fostensavir será feita de forma centralizada pela Coordenação de Vigilância de HIV e Aids, com o suporte de especialistas no tratamento da multirresistência viral. As solicitações serão analisadas caso a caso, e as pessoas que utilizarem o medicamento serão acompanhadas continuamente para monitoramento clínico.
“A priorização de populações com multirresistência e maior mortalidade demonstra o compromisso do Ministério da Saúde com a qualidade de vida e com o fortalecimento da resposta nacional à aids”, destacou a pasta em comunicado oficial.
Segundo o ministério, estudos clínicos apontaram que o fostensavir 600 mg é eficaz na supressão viral e no aumento da contagem de linfócitos T-CD4+ em pacientes com infecção multirresistente. Além disso, o perfil de segurança do medicamento foi considerado favorável, com eventos adversos leves, como diarreia e cefaleia, sendo os mais frequentes.
O ministério ressaltou que o medicamento é uma alternativa terapêutica essencial para pacientes em alto risco de progressão da doença e com elevada mortalidade, reforçando os esforços na luta contra o HIV e aids no Brasil.
*Com informações de Ministério da Saúde