
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) confirmou, no início de maio, a quarta morte causada pela Febre do Oropouche no estado. A vítima é uma mulher de 38 anos, moradora de Nilópolis, na Baixada Fluminense, que havia frequentado um parque da cidade antes de ser hospitalizada. A infecção foi confirmada por exames realizados pelo Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen-RJ) e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Além do caso de Nilópolis, outros três óbitos já haviam sido registrados em Cachoeiras de Macacu, Paraty e Macaé. A SES-RJ informou que os casos ocorreram em regiões distintas e são considerados isolados, sem novos registros de internações graves ou mortes recentes relacionadas à doença.
A investigação do caso mais recente foi conduzida por uma comissão especial da SES-RJ, com apoio técnico do Ministério da Saúde. Desde a chegada do vírus ao estado, em 2024, as autoridades vêm reforçando as ações de vigilância e capacitando os municípios para conter a disseminação da doença.
“Temos trabalhado no aperfeiçoamento de nossas rotinas e na assistência aos pacientes. A SES-RJ monitora semanalmente o avanço da Oropouche e tem realizado capacitações junto aos municípios para evitar a proliferação da doença”, afirmou a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello.
Transmissão e sintomas
A Febre do Oropouche é causada por um vírus transmitido principalmente pelo maruim (Culicoides paraensis), um inseto de pequeno porte encontrado com frequência em áreas de mata, próximas a cachoeiras e plantações de bananeira.
A doença tem sintomas semelhantes aos da dengue, como febre alta, dores de cabeça, musculares e nas articulações, calafrios e, em alguns casos, náuseas e vômitos. O período de incubação varia entre quatro e oito dias, e os sintomas costumam durar até sete dias. A maioria dos pacientes se recupera em cerca de uma semana.
Prevenção
Com a confirmação dos casos, a SES-RJ reforça orientações de prevenção. O subsecretário de Vigilância e Atenção Primária à Saúde do estado, Mário Sergio Ribeiro, alerta para o risco de exposição em locais silvestres.
“A Febre do Oropouche é nova no nosso estado e requer atenção redobrada. O maruim é bem pequeno e frequente em áreas de mata. Recomendamos o uso de roupas compridas, aplicação de óleos corporais nas partes expostas do corpo, limpeza de terrenos, recolhimento de folhas e frutos no chão, e instalação de telas de malha fina em portas e janelas”, orienta.
Situação atual no estado
Até 4 de junho de 2025, o estado do Rio de Janeiro registrou 1.836 casos confirmados de Febre do Oropouche. As cidades com maior número de notificações são:
- Cachoeiras de Macacu (672 casos)
- Macaé (517 casos)
- Angra dos Reis (392 casos)
- Guapimirim (172 casos)
As informações estão disponíveis no Painel de Arboviroses do Monitora RJ e estão sujeitas a atualizações.
Com informações da Comunicação da SES-RJ.