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QueeRIOca: Centro cultural LGBTQIAPN+ é inaugurado no Rio de Janeiro

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[Foto: Richard Souza / AN]

Neste sábado (27/04), o Rio de Janeiro ganhará um espaço cultural voltado para a produção artística LGBTQIAPN+: a QueeRIOca, o primeiro centro de referência de arte e cultura da comunidade no Brasil. O projeto nasceu durante a pandemia da covid-19, idealizado pela atriz Cristina Flores, fundadora da companhia de teatro Os Dezequilibrados, e sua esposa, a roteirista, escritora, compositora e atriz Laura Castro. O espaço, com 200 metros quadrados, encontra-se em um casarão colonial datado do século 19, situado na Travessa do Comércio, dentro do histórico Arco do Teles, adjacente à Praça XV, no coração do Rio de Janeiro.

Inicialmente, as duas abriram um espaço chamado Jardim no terraço de sua casa, mas com a pandemia, precisaram fechar as portas. No entanto, mantiveram o vínculo com a comunidade LGBTQIAPN+ e buscaram maneiras de continuar promovendo arte e cultura de forma segura.

Assim, surgiu a QueeRIOca, concebida como uma residência artística, onde artistas pudessem trocar experiências em vídeos, podcasts e receber o público de forma segura. O projeto foi inscrito no edital Foca – Fomento à Cultura Carioca, da Prefeitura do Rio, e embora tenha ficado em segundo lugar, não recebeu financiamento para seu desenvolvimento.

Com o fim da pandemia, a prefeitura lançou o Projeto Reviver Cultural Centro, e a QueeRIOca foi reconfigurada para ocupar um espaço público, um casarão histórico no centro do Rio de Janeiro, com a proposta de ser um local aberto para a produção de artistas LGBTQIAPN+, oferecendo residências artísticas e promovendo intercâmbios culturais.

Inauguração

A inauguração do espaço acontece com a primeira mostra de artes plásticas, intitulada DiferENTRE, que reúne obras de 32 artistas. O evento de abertura está marcado para este sábado, às 12h.

O evento de abertura contará com uma homenagem à renomada cantora, compositora e escritora Zélia Duncan. Às 21h, Zélia se apresentará em uma roda de samba ao lado de Ana Costa, prometendo uma noite de música e celebração.

Além disso, o centro cultural oferecerá uma variedade de atividades artísticas. No espaço dedicado ao teatro, será inaugurada uma sala multiuso, onde acontecerão exibições de filmes e festas. Às 18h, a peça “Eu Vou”, de Zélia Duncan, será apresentada ao vivo pela primeira vez, com a atriz Cristina Flores no papel principal. No cineclube, será exibido o curta-metragem “Uma paciência selvagem me trouxe até aqui”, dirigido por Èrica Sarmet e estrelado por Zélia Duncan.

Outro destaque é a Livraria Pulsa, a primeira especializada em autores LGBTQIAPN+, que terá sua inauguração às 16h, com uma sessão de autógrafos do livro de Zélia Duncan, “Benditas coisas que eu não sei”.

O evento é aberto ao público, sendo o lançamento do livro e o show gratuitos. A ocupação para o filme e a peça será por ordem de chegada, com distribuição de senhas uma hora antes. Para participar da festa de inauguração, foi estabelecido um preço popular de R$ 20.

A QueeRIOca estará aberta de quarta-feira a sexta-feira, das 16h à meia-noite; aos sábados, das 11h às 5h; e, aos domingos, das 14h à meia-noite, com capacidade para 200 lugares. Este é um marco importante na promoção da diversidade e inclusão cultural no coração do Rio de Janeiro.

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