Política

PGR defende manutenção da prisão de Braga Netto

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[Foto: Ilustrativa / Isac Nóbrega / PR]

A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (20/12) contra a soltura do general da reserva Walter Braga Netto, preso no último sábado (14/12) no Rio de Janeiro, no âmbito do inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado no Brasil.

A manifestação foi motivada por um pedido da defesa do general para substituir a prisão preventiva por medidas alternativas, alegando que os fatos atribuídos a ele são antigos e não justificariam a prisão atual. O procurador-geral, Paulo Gonet, discordou, argumentando que a prisão é essencial para garantir a ordem pública e evitar a continuidade de práticas que poderiam obstruir as investigações.

Segundo a Polícia Federal, Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, teria tentado acessar informações sigilosas da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, com o objetivo de obstruir a apuração sobre a trama golpista.

A prisão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, que considerou a medida necessária diante do risco de novas interferências no processo. A defesa do general nega qualquer envolvimento em obstrução.

José Mucio

O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou na terça-feira (17/12) que a prisão do ex-ministro e general da reserva Walter Braga Netto já era esperada. A declaração foi dada após a visita de Múcio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se encontra em São Paulo após receber alta hospitalar no domingo (15).

Múcio revelou que foi informado sobre a operação da Polícia Federal na véspera das prisões, mas que os nomes dos envolvidos não haviam sido divulgados. Segundo o ministro, a situação gera constrangimento, mas é necessária para o esclarecimento dos fatos.

“Todo mundo esperava. Há um constrangimento […] mas já se esperava. Nós desejamos que todos esses que estão envolvidos respondam à Justiça”, afirmou Múcio. O ministro acrescentou que cada pessoa envolvida deve responder individualmente pelos seus atos.

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