
Mosquito Aedes | Imagem: Ilustrativa / Google Gemini
[Imagem: Ilustrativa / Google Gemini]
Rio das Ostras, no estado do Rio de Janeiro, começou a instalar esta semana armadilhas conhecidas como “ovitrampas” para monitorar a presença do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. De acordo com a Prefeitura, o município é um dos primeiros do estado do Rio de Janeiro a adotar o método, que permite identificar antecipadamente áreas de maior risco e planejar ações de controle com mais eficiência.
O planejamento do uso das ovitrampas teve início em abril e segue um ciclo bimestral dividido em três semanas. Na primeira semana, as armadilhas são instaladas em pontos estratégicos e, quando colocadas em residências, os moradores precisam assinar um termo de responsabilidade autorizando a instalação. Na segunda semana, os agentes da Vigilância em Saúde substituem a palheta de madeira onde os ovos são depositados. Na terceira semana, a palheta final é recolhida e a ovitrampa retirada, sendo o material enviado ao laboratório para análise.
Os resultados permitem a contagem de ovos e a determinação da densidade populacional do mosquito. As informações são incorporadas em mapas estratégicos com tecnologia de geoprocessamento, que ajudam na elaboração de políticas públicas e no direcionamento das ações de campo para as áreas mais críticas, aumentando a eficácia no combate ao vetor.
A coordenadora da Vigilância em Saúde, Nirvana Braga, ressaltou a importância da colaboração da população para o sucesso do monitoramento. “Esse processo requer organização logística e a colaboração da população é fundamental para o sucesso dessa iniciativa. Para isso, as pessoas precisam entender como funciona o monitoramento e sua importância para combatermos o mosquito no nosso Município”, disse.
Rio das Ostras foi selecionado junto a outros 12 municípios do estado para a implementação das ovitrampas devido à sua histórica alta incidência de arboviroses.
O Ministério da Saúde prevê oficializar o ciclo das ovitrampas no calendário epidemiológico a partir de 2026, consolidando a metodologia como prática rotineira de Vigilância em todo o país.