Número de mortes no desabamento da ponte entre Maranhão e Tocantins sobe para 8
[Foto: Divulgação / Marinha do Brasil]
Na manhã desta quinta-feira (26/12), a Marinha do Brasil confirmou, em coletiva de imprensa, a localização de mais dois corpos de vítimas do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226, que conecta os estados do Maranhão e Tocantins. Com isso, o número de mortes confirmadas chega a 8, enquanto 9 pessoas permanecem desaparecidas.
Os corpos foram encontrados por mergulhadores que trabalham nas buscas no Rio Tocantins. As autoridades não divulgaram informações sobre a identidade das vítimas recém-localizadas. Durante a operação, os mergulhadores também encontraram um caminhão carregado com ácido sulfúrico, uma moto e uma caminhonete submersos no rio.
Identificação de vítimas anteriores
Até o momento, as autoridades identificaram as seguintes vítimas:
- Lorranny Sidrone de Jesus, 11 anos, localizada na terça-feira (24). Ela estava em um caminhão que transportava portas de MDF.
- Kecio Francisco Santos Lopes, 42 anos, motorista de um caminhão com defensivos agrícolas, encontrado na terça-feira (24).
- Andreia Maria de Souza, 45 anos, motorista de um dos caminhões carregados com ácido sulfúrico, localizada na terça-feira (24).
- Lorena Ribeiro Rodrigues, 25 anos, localizada no domingo (22). Natural de Estreito (MA), residia em Aguiarnópolis (TO).
- Anisio Padilha Soares, 43 anos, e Silvana dos Santos Rocha Soares, 53 anos, localizados na quarta-feira (25).
Um homem de 36 anos foi resgatado com vida por moradores no domingo e levado para um hospital em Estreito (MA).
O acidente
A Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226, que conecta os municípios de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), desabou na tarde de domingo (22/12), resultando em uma tragédia que mobiliza equipes de resgate. Até o momento, foi confirmada a morte de uma mulher de 25 anos. Um homem, de 36 anos, foi resgatado com vida e levado por populares ao hospital em Estreito. Segundo informações da Polícia Militar do Estado do Tocantins (PMTO), ao menos 12 pessoas seguem desaparecidas após o acidente, incluindo duas crianças.
Governadores de ambos os estados se manifestaram sobre o ocorrido. Carlos Brandão, do Maranhão, lamentou o acidente, confirmou as vítimas e destacou o suporte prestado pelo governo estadual. Já Wanderlei Barbosa, do Tocantins, ressaltou a gravidade da situação, com a queda de veículos e motocicletas no rio, cuja profundidade no local é superior a 50 metros.
O Corpo de Bombeiros do Maranhão e Tocantins, junto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), trabalham nas buscas por desaparecidos. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que o trecho foi totalmente interditado, enquanto equipes técnicas estão a caminho para avaliar as causas do colapso e definir medidas emergenciais.
O vão central da ponte, que tem 533 metros de extensão, foi o que cedeu. Além de comprometer a travessia entre os estados, o desabamento impacta o tráfego na região, forçando motoristas a utilizarem rotas alternativas.
Marinha
Merguladores da Marinha do Brasil estão no local para ajudar nas buscas por desaparecidos no Rio Tocantins, após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que conecta os estados do Maranhão e Tocantins. O reforço foi solicitado pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, e confirmado pelo comandante da Marinha, almirante Marcos Olsen, na segunda (23), segundo informou o ministro em redes sociais.
“Acabo de ser informado pelo comandante da Marinha, Almirante Olsen, que nossa solicitação de equipe de mergulho para realizar as buscas no local do colapso da ponte foi atendida. Os profissionais da Marinha estarão prontos para atuar já amanhã cedo. Seguiremos vigilantes e acompanhando todas as ações necessárias”, publicou o ministro.
A Marinha informou que desde a última segunda-feira (23), uma equipe especializada em mergulho atua na região do acidente, localizada entre o Maranhão e o Tocantins.
Além dos mergulhadores, a operação inclui o helicóptero MB UH-15 (Super Cougar), tripulado por militares especializados em Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica (NBQR). As equipes de inspeção naval da Agência Fluvial de Imperatriz e da Capitania Fluvial do Araguaia-Tocantins também participam das buscas.
Para o Coordenador da Operação de Mergulho e Encarregado da Divisão de Mergulho Industrial e Escafandria da MB, Capitão-Tenente Escafandrista Kayo Cuevas de Azevedo Soares Torres, o trabalho não tem hora para acabar.
“Faremos quantos mergulhos forem necessários, tudo que for possível para cumprir nossa missão, independente de quanto tempo leve e as nossas famílias compreendem a importância dessa ausência”, informou o Oficial.
Ao todo, 44 militares estão mobilizados diretamente no local, utilizando três embarcações, duas motos aquáticas e seis viaturas para acessar áreas críticas. Simultaneamente, em Belém (PA), 20 militares contribuem remotamente com o planejamento e a logística da operação.
*Com informações de Marinha do Brasil
