Ministério da Saúde anuncia reestruturação da Estratégia de Saúde da Família com foco em visitas domiciliares e ferramentas digitais
[Foto: Rodrigo Nunes / MS]
O Ministério da Saúde divulgou detalhes sobre a reestruturação da Estratégia de Saúde da Família (ESF). As mudanças incluem a implementação de uma ferramenta de avaliação do atendimento, integrada ao SUS Digital, e um modelo que prioriza o retorno das visitas domiciliares pelos profissionais de saúde. A ESF está completando 30 anos em 2024.
A ideia é voltar ao formato de atendimento em que os profissionais fazem visitas às casas para verificar se todos estão com o cartão de vacinação em dia, monitorar a pressão arterial de pacientes com hipertensão e garantir que os medicamentos estejam sendo retirados corretamente na farmácia da unidade de saúde ou no Farmácia Popular.
Segundo o ministério, “as visitas também ampliam o vínculo e o acompanhamento territorial, um componente fundamental para o sucesso da Estratégia Saúde da Família”. Um novo modelo de financiamento também será implementado para garantir a qualidade e incentivar boas práticas na Estratégia Saúde da Família.
O financiamento anterior era baseado no número de pessoas cadastradas na atenção primária, o que não garantia acompanhamento efetivo. Isso levava à sobrecarga das equipes e dificultava o acesso da população aos serviços de saúde.
A meta é implantar mais equipes de saúde da família, equipes de saúde bucal e equipes multiprofissionais até 2026, alcançando uma cobertura de 80% pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A reestruturação visa reduzir a carga de trabalho das equipes, melhorar a relação entre profissionais e pacientes e diminuir o tempo de espera por consultas e procedimentos. “A retomada do número de profissionais começou ainda no ano passado, com aumento de 52% no número de equipes implementadas em todo o país, totalizando 2.198. Isso resultou na ampliação das consultas médicas em 16% e dos procedimentos em 29% em relação a 2022.”
Além disso, será dada ênfase ao trabalho conjunto com os Agentes Comunitários de Saúde e de Combate às Endemias, com programas de qualificação e ampliação da comunicação. Isso inclui novos canais de informação, como um videocast semanal no YouTube e um aplicativo para os Agentes Comunitários de Saúde, que permitirá atualizações em tempo real das visitas à população e recebimento de informações oficiais.