
[Foto: Reprodução de vídeo / X]
O Ministério das Relações Exteriores informou, na noite deste domingo (22/06), que equipes da Agência de Busca e Salvamento da Indonésia seguirão, nesta segunda-feira (23), pelo terceiro dia consecutivo, com as operações de resgate de uma turista brasileira que caiu durante uma trilha no Mount Rinjani, vulcão de 3.726 metros de altura localizado na ilha de Lombok, cerca de 1.200 km de Jacarta. Embora ainda seja domingo no Brasil, na Indonésia já é segunda-feira devido ao fuso horário, o que permitiu o reinício das buscas com o amanhecer e a melhora nas condições climáticas.
Segundo nota divulgada pela pasta, Juliana Marins caiu de um penhasco que circunda a trilha junto à cratera do vulcão. “Desde que acionada pela família da turista, a embaixada do Brasil em Jacarta mobilizou as autoridades locais, no mais alto nível, o que permitiu o envio das equipes de resgate para a área do vulcão onde ocorreu a queda”, informou o ministério.
A região do acidente é remota, a cerca de quatro horas do centro urbano mais próximo. As buscas têm enfrentado dificuldades devido às condições meteorológicas e de visibilidade.
O Itamaraty informou ainda que dois funcionários da embaixada brasileira em Jacarta estão a caminho do local para acompanhar pessoalmente os trabalhos de resgate. O embaixador do Brasil na Indonésia entrou em contato com o diretor internacional da Agência de Busca e Salvamento e com o diretor da Agência Nacional de Combate a Desastres da Indonésia.
“O Ministro das Relações Exteriores, em nome do governo brasileiro, também iniciou contatos de alto nível com o governo indonésio com o objetivo de pedir reforços no trabalho de buscas na cratera do Mount Rinjani”, informou a nota oficial.
Família
A família da brasileira, de 26 anos, criou um perfil em rede social para divulgar atualização sobre o caso. Eles alegam que a embaixada brasileira em Jacarta e o governo indonésio divulgaram inicialmente que a jovem havia sido localizada e teria recebido água, comida e agasalho, o que não foi confirmado.
Em vídeos divulgados em rede social, a irmã de Juliana afirmou que as informações oficiais divulgadas pelas autoridades indonésias sobre o resgate da jovem são falsas. Segundo ela, um vídeo compartilhado como prova do salvamento foi manipulado para parecer que as equipes de resgate chegaram até Juliana.
“E para quem ainda não entendeu, o vídeo que eles enviaram do resgate chegando até minha irmã é um vídeo falso. Eles forjaram esse vídeo. Não tem Juliana nesse vídeo. Tem só equipe de resgate ‘com umas cordinhas indo pra frente’ e eles cortam o vídeo. Eles mandaram isso pra tentar corroborar. Essa equipe que fez isso foi uma equipe que estava mais em contato com as autoridades da Indonésia. Então, todas as informações que a gente tá recebendo do governo da Indonésia são falsas”, disse a irmã da brasileira.
Segundo Mariana equipes de resgate precisaram interromper os trabalhos por conta da forte neblina e dos ventos intensos. Duas equipes permanecem na região e devem passar a noite no acampamento Cater Rim Sembalun, com previsão de retomar as buscas na manhã de segunda-feira (23), no horário local.
O acidente
O acidente ocorreu na madrugada do último sábado (21/06), no horário local, início da noite da sexta (20), no horário de Brasília. a jovem sofreu uma queda durante uma trilha no vulcão Rinjani, localizado na ilha de Lombok, na Indonésia.
Segundo informações divulgadas pela família, Juliana foi vista com vida no mesmo dia por meio de imagens captadas por um drone. Apesar disso, os familiares desmentem relatos que circulam nas redes sociais de que ela teria sido resgatada. De acordo com eles, a embaixada brasileira em Jacarta e o governo indonésio divulgaram inicialmente que a jovem havia sido localizada e teria recebido água, comida e agasalho, o que não foi confirmado.
Resgate
De acordo com informações compartilhadas pela irmã da jovem nas redes sociais, Juliana não é vista desde a última noite após o ocorrido.
Segundo o relato, imagens registradas mostraram Juliana “descendo cada vez mais a montanha”, sugerindo que ela deslizou por uma longa extensão. Ainda conforme o relato, ela estaria com alguma lesão na perna, o que a impede de se locomover. “Ela não consegue se mexer, ela não levanta e ela tá deslizando, ela tá indo cada vez mais para baixo”, escreveu a irmã.
Ainda segundo relatos na irmã da jovem, durante a noite, não houve operação de resgate, e ao amanhecer Juliana já não foi mais avistada. Desde então, os esforços de busca têm se concentrado na tentativa de localizá-la. A irmã criticou as condições do resgate, afirmando que os materiais utilizados seriam inadequados. “Com os materiais péssimos, ridículos, cordas minúsculas e preparação zero também para isso, para esse tipo de resgate”, afirmou.
Familiares seguem aguardando atualizações e esperam que Juliana seja encontrada com vida. “A gente tá esperando aqui, torcendo para que alguém ache a Juliana para que a gente consiga trazer ela viva para casa”, concluiu a irmã.
*Com informações de Ministério das Relações Exteriores