[Foto: Ilustrativa]
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou variação de 0,09% em outubro, resultado 0,39 ponto percentual abaixo do índice de setembro (0,48%), segundo dados divulgados pelo Institutlo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira (11/11). No acumulado de 2025, a inflação soma 3,73%, e em 12 meses, a alta é de 4,68%, abaixo dos 5,17% registrados nos 12 meses anteriores.
Três dos nove grupos pesquisados apresentaram queda de preços: Artigos de residência (-0,34%), Habitação (-0,30%) e Comunicação (-0,16%). As maiores altas foram observadas em Vestuário (0,51%), Despesas pessoais (0,45%) e Saúde e cuidados pessoais (0,41%).
Segundo os dados, a principal influência para a desaceleração foi a redução de 2,39% na energia elétrica residencial, o que representou impacto negativo de -0,10 ponto percentual no índice geral. O recuo reflete a troca da bandeira tarifária vermelha patamar 2 (cobrança de R$ 7,87 a cada 100 kWh) pela vermelha patamar 1, com tarifa adicional de R$ 4,46.
Apesar da queda no mês, a energia elétrica ainda acumula alta de 13,64% em 2025, sendo o principal item de impacto no índice no ano (0,53 p.p.).
O Vestuário teve a maior alta entre os grupos (0,51%), com destaque para calçados e acessórios (0,89%) e roupa feminina (0,56%). Em Saúde e cuidados pessoais (0,41%), o aumento foi impulsionado por artigos de higiene (0,57%) e planos de saúde (0,50%).
No grupo Transportes (0,11%), houve elevação nos preços da passagem aérea (4,48%) e dos combustíveis (0,32%) — com altas no etanol (0,85%), gás veicular (0,42%) e gasolina (0,29%), enquanto o óleo diesel teve queda de 0,46%.
A alimentação e bebidas praticamente não variou (0,01%), com queda de preços no arroz (-2,49%) e no leite longa vida (-1,88%), e altas em batata-inglesa (8,56%) e óleo de soja (4,64%). A alimentação fora de casa acelerou de 0,11% para 0,46%, puxada por lanches (0,75%) e refeições (0,38%).
Entre as regiões pesquisadas, Goiânia teve a maior variação (0,96%), influenciada pela alta da energia elétrica (6,08%) e da gasolina (4,78%). Já São Luís e Belo Horizonte registraram as menores taxas (-0,15%), impactadas pela queda na gasolina e na energia elétrica.
INPC tem leve alta de 0,03% em outubro
Ainda de acordo com os dados, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou alta de 0,03% em outubro, acumulando 3,65% no ano e 4,49% em 12 meses. O resultado também ficou abaixo do mês anterior (0,52%) e da taxa de outubro de 2024 (0,61%).
Os produtos alimentícios variaram de -0,33% em setembro para 0,00%, enquanto os não alimentícios desaceleraram de 0,80% para 0,04%.
A maior variação regional do INPC foi observada em Goiânia (0,92%), influenciada pela energia elétrica (6,16%) e gasolina (4,78%). A menor taxa ocorreu em Belo Horizonte (-0,21%), refletindo queda na gasolina (-3,97%) e na energia elétrica (-2,68%).
*Com informações de IBGE