Investigado, Eduardo Pazuello será substituído e Governo Bolsonaro terá o 4º Ministro da Saúde
[Foto: Arquivo/Carolina Antunes/PR]
No dia em que o Brasil alcançou as marcas de 11.519.609 casos confirmados de COVID-19 e 279.286 mortes pela doença (segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde), o presidente Jair Bolsonaro confirmou que substituirá Eduardo Pazuello pelo médico Marcelo Queiroga, que será o 4º ocupante do cargo de Ministro da Saúde no governo Bolsonaro.
O anuncio do nome de Queiroga para o cargo ocorre após Pazuello ter garantido que não está com problemas de saúde e que não pediria para sair do cargo de ministro da saúde, no qual permaneceria trabalhando até que o presidente decidisse substituí-lo.
Pazuello assumiu o ministério após seu antecessor, o médico Nelson Luiz Sperle Teich, pedir exoneração do cargo. Teich ocupou o cargo de Ministro da Saúde do Brasil no período de 17 de abril a 15 de maio de 2020.
Inicialmente ministro interino, Pazuello esteve à frente da ministério da saúde desde a saída de Teich, sendo nomeado oficialmente ministro apenas em 16 de setembro de 2020.
Sua gestão foi alvo de críticas, incluindo críticas por publicação de norma técnica com indicação de medicamento sem eficácia para COVID-19, por testes rápidos deixados em estoque enquanto havia necessidade de testagem e falta de testes nos municípios, por demora na aquisição de vacinas, por envio de doses de vacinas para Estados errados e por demora em ação diante da grave crise de oxigênio medicinal em Manaus. Pazuello chegou a ter abertura de inquérito policial para investigar eventual conduta criminosa, determinada por ministro do STF.
Em janeiro de 2021, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de inquérito policial para investigar eventual conduta criminosa de Eduardo Pazuello (ministro da Saúde na época). A determinação está relacionada ao colapso da saúde pública e falta de oxigênio hospitalar em Manaus (AM). O Inquérito (INQ) 4862 foi aberto atendendo requerimento do procurador-geral da República, Augusto de Aras.
O substituto de Pazuello, Marcelo Queiroga, é médico cardiologista e atual presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia.