
[Foto: Ilustrativa / LensGO]
Apesar do sinal de desaceleração, os casos de internação por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) continuam em níveis elevados no estado do Rio de Janeiro. Até o momento, foram registradas 9.140 internações e 676 mortes causadas pela doença, com maior impacto entre crianças de até 9 anos e pessoas acima de 70.
O alerta foi divulgado pelo Centro de Inteligência em Saúde (CIS-RJ) no panorama semanal. Segundo o levantamento, o cenário atual reforça a necessidade de vacinação e adoção de medidas preventivas, como o uso de máscaras em caso de sintomas gripais e a higienização frequente das mãos.
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ), desde abril, houve aumento na circulação do vírus Influenza A (H1N1), especialmente entre idosos e gestantes. Entre as crianças, o vírus sincicial respiratório (VSR) foi o mais presente, mas já apresenta sinal de queda nas últimas semanas.
A campanha de vacinação contra a gripe no estado segue até janeiro de 2026. A meta é imunizar 4,6 milhões de pessoas pertencentes aos grupos prioritários. No entanto, até agora, apenas 22,97% desse público foi vacinado. Foram aplicadas 2.146.734 doses, das quais 1.066.950 foram destinadas ao público-alvo. A meta do Ministério da Saúde é alcançar ao menos 90% de cobertura vacinal.
“A vacina da gripe protege contra os principais vírus em circulação e é fundamental para evitar formas graves da doença. Precisamos avançar na cobertura vacinal e manter os cuidados básicos, como o uso de máscara em caso de sintomas e a higiene das mãos”, disse a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello.
Fiocruz
O mais recente Boletim InfoGripe, divulgado na quinta-feira (05/06), pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), alerta para o crescimento contínuo dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil, com destaque para os vírus influenza A e Vírus Sincicial Respiratório (VSR). A análise, baseada na Semana Epidemiológica 22 (25 a 31 de maio), indica que 25 das 27 unidades da federação apresentam nível de alerta, risco ou alto risco, com tendência de crescimento dos casos.
De acordo com os dados, a mortalidade por SRAG nas últimas oito semanas foi semelhante entre idosos e crianças. Entre os idosos, os óbitos estão mais associados à influenza A. Nas crianças, os vírus predominantes são rinovírus e influenza A, com o VSR impulsionando a maior parte das internações em menores de quatro anos.
As regiões Centro-Sul e partes do Norte e Nordeste enfrentam alta incidência, com alguns estados registrando níveis de crescimento moderado a muito alto. Capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Salvador e Belo Horizonte estão entre as 15 com nível de alerta e tendência de crescimento da SRAG.
Especialistas reforçam a importância da vacinação contra a influenza, principalmente para grupos vulneráveis como idosos, crianças, gestantes e pessoas com comorbidades, além da manutenção de medidas preventivas como higienização das mãos e ambientes ventilados.
*Com informações de SES-RJ e Fiocruz