
[Foto: Ilustrativa / LensGO]
O Estado do Rio de Janeiro contabilizou 9.140 internações e 676 mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) até o dia 23 de junho de 2025. De acordo com dados do Centro de Inteligência em Saúde (CIS-RJ), da Secretaria de Estado de Saúde, os números permanecem acima da média histórica, com maior impacto entre crianças de 1 a 5 anos e idosos.
Na Semana Epidemiológica 25, que compreende o período de 15 a 21 de junho, foram estimadas 1.127 internações por SRAG, quase três vezes acima da média esperada para o período, que era de 420 casos, evidenciando a circulação intensa de vírus respiratórios no estado.
O subsecretário de vigilância e atenção primária à saúde, Mário Sergio Ribeiro, destacou a importância da vacinação e de medidas básicas de proteção para conter o avanço da doença: “Estamos diante de uma circulação expressiva de vírus respiratórios, com impacto direto nas internações e nos óbitos. A vacina da gripe é gratuita, está disponível em todos os municípios e é nossa principal aliada para evitar casos graves”.
Entre os vírus responsáveis pelas hospitalizações, o vírus sincicial respiratório é o mais frequente em crianças, enquanto a Influenza A, subtipo H1N1, predomina entre os idosos desde março de 2025. Apesar de ambos apresentarem sinais iniciais de redução nas últimas semanas, a circulação ainda é considerada expressiva, segundo informou a secretaria.
Em relação à vacinação contra a gripe, o estado do Rio de Janeiro aplicou, desde o início da campanha em abril, 2.264.321 doses da vacina. Deste total, 1.111.785 foram destinadas ao público prioritário, o que representa apenas 24% da cobertura esperada, bem abaixo da meta de 90% estipulada pelo Ministério da Saúde. Algumas regiões, como o Médio Paraíba, apresentaram melhor desempenho, enquanto áreas da Baixada Litorânea e Metropolitana I registraram índices baixos de vacinação..
Para atender à demanda, o estado informou mantém 85 leitos pediátricos exclusivos para tratamento de SRAG, sendo 40 leitos no Hospital Estadual Ricardo Cruz, localizado na Baixada Fluminense, e 45 leitos no Hospital Zilda Arns, no Médio Paraíba. A procura por leitos permanece elevada, com uma média de 200 solicitações por semana, principalmente para crianças e, mais recentemente, idosos.
*Com informações de SES-RJ