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Inscrições para o Prouni 2025 começam nesta sexta-feira (24)

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[Foto: Ilustrativa / LensGo]

As inscrições para o processo seletivo do Programa Universidade para Todos (Prouni) do primeiro semestre de 2025 iniciam nesta sexta-feira (24/01) e vão até as 23h59 do dia 28 de janeiro, no horário de Brasília. O cadastro é gratuito e deve ser feito exclusivamente pelo Portal Único de Acesso ao Ensino Superior.

Para se candidatarem os interessados devem possuir uma conta no portal Gov.br e fazer login utilizando CPF e senha. Além disso, é necessário:

  • Ter concluído o ensino médio;
  • Ter participado do Enem 2023 ou 2024, com pontuação mínima de 450 pontos na média das provas e não zerar a redação;
  • Atender a pelo menos uma das condições:
    • Ter cursado o ensino médio em escola pública ou como bolsista em instituição privada;
    • Ser pessoa com deficiência (PCD);
    • Ser professor da rede pública de ensino concorrendo a cursos de licenciatura ou pedagogia.

Para bolsas integrais, a renda familiar bruta mensal per capita deve ser de até 1,5 salário mínimo. Para bolsas parciais, o limite é de até 3 salários mínimos. Os requisitos de renda não se aplicam aos professores da rede pública que vão concorrer às vagas de licenciatura e pedagogia.  

De acordo com o edital do Prouni referente ao primeiro semestre de 2025, não poderão se inscrever os candidatos que participaram do Enem 2024 na condição de treineiro, ou seja, que participaram do exame para se autoavaliar, sem concluir o ensino médio no ano passado.

Para o avaliador do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), Rodrigo Bouyer, por meio do programa é possível que estudantes de todo o país possam ingressar no ensino superior de forma gratuíta. “A principal vantagem do ProUni é a oportunidade de ingressar no ensino superior de qualidade, sem que o custo seja um obstáculo. Com bolsas integrais e parciais, o programa tem sido fundamental para promover a inclusão educacional, permitindo que milhares de jovens de baixa renda acessem cursos que antes pareciam inatingíveis”, disse.

Classificação

A classificação e pré-seleção dos candidatos inscritos no Prouni 2025 deverá ser baseada na melhor média obtida no Enem das edições de 2023 ou 2024. Além disso, serão levados em conta a modalidade de concorrência escolhida pelo candidato, o curso, turno, local de oferta e instituição de ensino selecionados.

Dentro de cada modalidade de concorrência, será seguida a ordem decrescente das notas, respeitando a seguinte hierarquia:

  1. Professores da rede pública de ensino concorrendo exclusivamente a cursos de licenciatura e pedagogia destinados à formação de magistério da educação básica;
  2. Estudantes que cursaram todo o ensino médio em escola da rede pública;
  3. Estudantes que cursaram parte do ensino médio em escola pública e parte em instituição privada, como bolsistas integrais;
  4. Estudantes que cursaram parte do ensino médio em escola pública e parte em instituição privada, como bolsistas parciais ou sem bolsa;
  5. Estudantes que cursaram o ensino médio integralmente em instituição privada como bolsistas integrais;
  6. Estudantes que cursaram o ensino médio integralmente em instituição privada como bolsistas parciais ou sem bolsa.

Cronograma do processo seletivo
  • Resultado da primeira chamada: 4 de fevereiro
  • Resultado da segunda chamada: 28 de fevereiro
  • Inscrição na lista de espera: 26 e 27 de março
  • Resultado da lista de espera: 1º de abril

Os candidatos pré-selecionados deverão entregar a documentação comprobatória na instituição de ensino entre 4 e 17 de fevereiro.

Sobre o Prouni

Criado em 2004, o Prouni oferece bolsas de estudo integrais e parciais em instituições de ensino superior privadas. O programa é realizado duas vezes ao ano e atende estudantes sem diploma de nível superior, priorizando aqueles com menor renda. Em 2024 o Programa completa 20 anos e segundo o Ministério da Educação (MEC), a iniciativa já beneficiou milhares de brasileiros, sendo Mulheres (56%) e negros (55%) a maioria entre os beneficiários. De acordo com o Censo da Educação Superior de 2023, 58% dos participantes do Prouni concluíram a graduação, em comparação com 36% entre os que não participam do programa. Ao todo, 1,46 milhão de bolsistas finalizaram seus estudos.

“Atualmente, o programa beneficia 597.989 bolsistas, matriculados em 1.862 instituições privadas de ensino superior no Brasil. Cerca de 19 mil bolsistas parciais também contam com financiamento do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).”

Perfil dos bolsistas
  • Tipo de bolsa: 72% dos estudantes receberam bolsas integrais, enquanto 28% obtiveram bolsas parciais.
  • Cursos: Administração foi o curso com maior número de bolsas concedidas, correspondendo a mais de 11% do total.
  • Turnos: Mais da metade dos bolsistas optaram por cursos noturnos, conciliando estudos e trabalho.
  • Faixa etária: 52% dos bolsistas tinham entre 18 e 21 anos no momento da concessão da bolsa.

Distribuição das bolsas por estado

Segundo o MEC, a maior concentração de bolsas foi em São Paulo, com mais de um quarto do total (26,77%). Confira os percentuais por unidade federativa:

  1. São Paulo (SP): 26,77%
  2. Minas Gerais (MG): 11,13%
  3. Paraná (PR): 7,39%
  4. Rio Grande do Sul (RS): 7,11%
  5. Rio de Janeiro (RJ): 5,96%
  6. Bahia (BA): 5,92%
  7. Santa Catarina (SC): 3,71%
  8. Pernambuco (PE): 3,17%
  9. Distrito Federal (DF): 3,15%
  10. Goiás (GO): 3,12%
  11. Ceará (CE): 2,67%
  12. Pará (PA): 2,62%
  13. Maranhão (MA): 2,59%
  14. Espírito Santo (ES): 1,92%
  15. Amazonas (AM): 1,81%
  16. Mato Grosso (MT): 1,49%
  17. Mato Grosso do Sul (MS): 1,43%
  18. Paraíba (PB): 1,34%
  19. Rio Grande do Norte (RN): 1,25%
  20. Rondônia (RO): 1,14%
  21. Piauí (PI): 1,09%
  22. Sergipe (SE): 0,88%
  23. Alagoas (AL): 0,68%
  24. Tocantins (TO): 0,59%
  25. Acre (AC): 0,46%
  26. Amapá (AP): 0,39%
  27. Roraima (RR): 0,22%

Bouyer destacou que o programa transformo-se em uma ferramenta que visa diminuir desigualdades educacionais em todo o país. “O ProUni é uma ferramenta vital para a redução das desigualdades educacionais no Brasil. Ele garante a jovens de todo o país a chance de transformar suas vidas por meio do acesso ao ensino superior, o que, sem dúvida, tem impacto direto no futuro profissional e no desenvolvimento econômico e social de diversas regiões do Brasil”, finalizou o avaliador.

*Com informações de Ministério da Educação

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