Inflação registrou alta de 0,39% em novembro, aponta IBGE
[Foto: Richard Souza / AN]
A inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 0,39% em novembro, uma desaceleração em relação a outubro, quando a alta foi de 0,56%. No ano, a inflação acumula 4,29% e, nos últimos 12 meses, 4,87%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira (10/12).
Os grupos que mais contribuíram para a alta, segundo o IBGE, foram:
- Alimentação e bebidas (1,55%), com destaque para o aumento das carnes (8,02%), responsável por 0,33 ponto percentual (p.p.) do índice geral.
- Transportes (0,89%), impulsionado pelas passagens aéreas (22,65%), que sozinhas contribuíram com 0,13 p.p.
- Despesas pessoais (1,43%), principalmente pelo aumento no preço dos cigarros (14,91%) devido à elevação do IPI.
“A alta dos alimentícios foi influenciada, principalmente, pelas carnes, que subiram mais de 8% em novembro. A menor oferta de animais para abate e o maior volume de exportações reduziram a oferta do produto”, disse o gerente do IPCA e INPC, André Almeida.
Por outro lado, o grupo Habitação apresentou a maior queda (-1,53%), devido à redução de 6,27% no preço da energia elétrica residencial, reflexo da troca para a bandeira tarifária amarela em novembro.
Os dados apresentados revelam que todas as regiões pesquisadas tiveram inflação positiva em novembro.
- A maior alta foi em Rio Branco (0,92%), devido ao aumento das carnes (8,04%).
- A menor variação foi em Porto Alegre (0,03%), com queda nos preços da energia elétrica residencial (-7,67%).
INPC também desacelera
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que reflete o impacto da inflação em famílias de renda mais baixa, subiu 0,33% em novembro, desacelerando frente a outubro (0,61%). No acumulado de 12 meses, a alta é de 4,84%.
O aumento dos preços dos alimentos, que subiram 1,62% em novembro, foi a principal influência no índice. Já os produtos não alimentícios registraram queda de 0,08%, ajudando a conter o avanço do INPC.
*Com informações de IBGE