
[Foto: Ilustrativa / Aline / AEF]
Celebrado sempre em uma quinta-feira, 60 dias após o Domingo de Páscoa, o feriado de Corpus Christi é uma das principais datas do calendário litúrgico da Igreja Católica. A expressão em latim significa “Corpo de Cristo” e remete à celebração do sacramento da Eucaristia, considerado pelos fiéis como o corpo e o sangue de Jesus Cristo.
A comemoração surgiu no século XIII, na Bélgica, por iniciativa da freira Juliana de Cornillon, que defendia a criação de uma data especial para a adoração da Eucaristia. A festa foi oficialmente instituída pelo Papa Urbano IV, em 1264, por meio da bula Transiturus de hoc mundo. Desde então, Corpus Christi passou a ser celebrado por católicos em diversas partes do mundo.
No Brasil, a tradição chegou com os colonizadores portugueses e se consolidou como uma das festas religiosas mais expressivas do país. Além das missas e procissões realizadas pelas paróquias, uma das práticas mais conhecidas é a confecção dos tapetes de Corpus Christi, montados por comunidades locais nas ruas por onde a procissão irá passar. Esses tapetes são feitos com serragem colorida, flores, pó de café, sal, entre outros materiais, formando desenhos com símbolos cristãos.
Embora seja uma data religiosa, Corpus Christi é considerado feriado em vários municípios brasileiros, de acordo com leis locais. Em outras cidades, é decretado ponto facultativo, principalmente para o funcionalismo público. A adesão ao feriado pode variar, pois a data não está entre os feriados nacionais previstos por lei federal.
A celebração é vista pelos católicos como uma oportunidade para reafirmar a fé na presença real de Cristo na Eucaristia e como um momento de reflexão espiritual. A data também marca, em muitos locais, a união de comunidades em torno da organização dos eventos religiosos e culturais que acompanham a data.