Estudantes de Volta Redonda são premiados com projeto de sustentabilidade
[Foto: Richard Souza / FN]
O Colégio Estadual Rio Grande do Norte, localizado em Volta Redonda, no Sul do estado do Rio de Janeiro, foi agraciado com o prêmio Shell NXplorers, um programa educacional da Shell, pelo desenvolvimento do projeto “Ecobarreira: protegendo o Córrego Cachoeirinha”. O trabalho, conduzido por oito estudantes e duas professoras, tem como objetivo a preservação do córrego, com a coleta de lixo para evitar futuros alagamentos na região.
A conquista é considerada uma grande vitória pela equipe escolar, que no ano anterior quase alcançou a premiação. Flávia Fernanda Ferreira, professora de Química e coordenadora do projeto, comemorou o reconhecimento. “Este prêmio é uma conquista enorme para todos nós. No ano passado, batemos na trave com esse mesmo time. Agora, nosso trabalho está sendo reconhecido e vamos conseguir impactar positivamente a comunidade escolar em que estamos inseridos”, afirmou.
Para Guilherme Borges, estudante de 17 anos e integrante da 3ª série do Ensino Médio, a premiação tem um valor significativo para sua formação. “É uma conquista de extrema importância para a minha vida escolar. É algo que irei levar no meu currículo e vai me ajudar bastante quando terminar esta fase. Além do mais, acredito que iniciativas como essa são necessárias e devem ser repetidas, para termos um mundo melhor e sustentável”, afirmou o jovem, que pretende seguir a carreira de Engenharia de Produção, Mecânica e Ambiental.
Além do Colégio Rio Grande do Norte, outros dois colégios estaduais do Rio de Janeiro também foram premiados: o Colégio Embaixador Raul Fernandes, de Vassouras, e o Colégio Praia do Siqueira, de Cabo Frio.
Ecobarreiras
As ecobarreiras são estruturas simples, feitas com materiais de baixo custo, como galões de água, bombonas e redes. Elas são projetadas para reter grandes volumes de resíduos, principalmente plásticos, que prejudicam os rios e oceanos. Embora a estrutura das ecobarreiras seja básica, elas têm se mostrado extremamente eficazes na redução da poluição e no impacto ambiental.
Para o Carlos Leandro Firmo, biólogo e Mestre em Ciências Biológicas, o principal objetivo de uma ecobarreira é de evitar que os resíduos sólidos, como “plásticos e embalagens, poluam os corpos d’água e afetem ecossistemas sensíveis, como manguezais, estuários e mares.” Além disso, elas ainda funcionam como instrumento de conscientização para a população “sobre a importância de gerenciar corretamente os resíduos.”
O biólogo explica ainda, que a utilização de ecobarreiras ajudam na preservação ambiental, reduzindo a poluição de resíduos flutuantes nos corpos d’água, protegendo “a biodiversidade em rios, lagos e oceanos, prevenindo danos à fauna aquática e evitando que os animais ingiram ou fiquem presos nos resíduos.”
Programa Shell NXplorers
O Shell NXplorers é um programa educativo global, que visa estimular os jovens a desenvolverem soluções inovadoras para os problemas ambientais do mundo. Em parceria com a Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc-RJ), o programa busca capacitar os estudantes a criar metodologias para combater os efeitos do aquecimento global e reduzir os impactos negativos das ações humanas nas comunidades.
Este ano, o Shell NXplorers recebeu 77 projetos inscritos de 57 escolas. A iniciativa foi lançada em 2017 e tem se consolidado como uma ferramenta importante na formação de cidadãos mais conscientes sobre as questões ambientais.
A Secretária de Estado de Educação, Roberta Barreto, reforçou a importância do programa. “É de suma importância que as nossas escolas realizem atividades pedagógicas que tenham foco no futuro do planeta e que contribuam efetivamente para formar cidadãos conscientes. Se cada um fizer a sua parte, já ajudaremos muito na preservação do meio ambiente para as futuras gerações ”, afirmou.
Com a premiação, o Colégio Estadual Rio Grande do Norte e os outros projetos premiados se destacam como exemplos de como a educação pode ser uma poderosa ferramenta para promover a sustentabilidade e enfrentar os desafios ambientais atuais.
*Com informações de Seeduc