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Dólar passa de R$ 6,17 nesta terça-feira

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[Foto: Ilustrativa]



O dólar comercial atingiu R$ 6,18 na máxima desta terça-feira (17/12), após a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom). O documento reforçou a previsão de que a Selic, a taxa básica de juros, deve subir para 14,25% em março de 2025. A moeda norte-americana iniciou o dia em alta, influenciada pela percepção negativa dos agentes financeiros sobre o pacote de corte de gastos do governo. Na segunda-feira (16/12), o Banco Central tentou conter a alta por meio de dois leilões de dólar, mas a moeda encerrou o dia valorizada.

De acordo com a ata, o cenário econômico ficou “mais adverso” em comparação com a penúltima reunião. O Banco Central destacou que a desvalorização do real e o pessimismo em relação ao pacote fiscal afetaram “de forma relevante” os preços dos ativos e as expectativas futuras, como o prêmio de risco, a inflação e a taxa de câmbio.

O Comitê manifestou preocupação com a “desancoragem adicional” das projeções de inflação. Segundo a ata, o quadro exige uma política monetária mais rígida. “A desancoragem das expectativas de inflação é um fator de desconforto comum a todos os membros do Comitê e deve ser combatida.”

O BC avaliou que a recente depreciação do real e a alta das curvas de juros tornam o ambiente econômico mais complexo. O Comitê ressaltou que o repasse da alta do dólar para os preços internos aumenta quando há demanda elevada, como a atual.

Inflação

O Banco Central apontou piora na inflação de curto prazo, destacando que os preços dos alimentos pressionaram o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Entre os fatores mencionados estão:

  • Estiagem prolongada;
  • Aumento no preço das carnes, causado pelo ciclo do boi.

O BC alerta que esses fatores devem se propagar para o médio prazo devido à “presença de importantes mecanismos inerciais da economia brasileira”. Além disso, a pressão do câmbio sobre os bens industrializados pode resultar em novas altas nos próximos meses.

Atividade Econômica

Apesar das pressões inflacionárias, o BC destacou a resiliência da economia brasileira. O crescimento de 0,9% do PIB no 3º trimestre indica um dinamismo acima do esperado, com a necessidade de reavaliação do hiato do produto.

*Com informações de BC

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