Dólar cai com recuo de tarifas comerciais dos EUA e atinge menor nível desde novembro
[Foto: Richard Souza / AN]
A decisão do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de não ampliar as tarifas comerciais para países da América Latina trouxe alívio ao mercado cambial brasileiro nesta quarta-feira (22). O dólar comercial caiu para abaixo de R$ 6, encerrando o dia cotado a R$ 5,946, com uma queda de R$ 0,085 (-1,4%), atingindo o menor patamar desde o fim de novembro.
A moeda norte-americana iniciou a sessão em baixa e passou a operar abaixo de R$ 6 a partir das 10h50, atingindo a mínima de R$ 5,91 por volta das 14h. No acumulado de 2025, o dólar registra uma desvalorização de 3,79%.
Ibovespa encerra em queda
Apesar do desempenho positivo do câmbio, o mercado de ações teve um dia de volatilidade. O índice Ibovespa, da B3, fechou em queda de 0,3%, aos 122.972 pontos, após alternar entre altas e baixas ao longo do pregão. No fim da tarde, as ações do setor de mineração pressionaram o índice para o território negativo.
Cenário internacional favorece mercados emergentes
A ausência de anúncios de novas tarifas comerciais para a América Latina foi um fator determinante para a queda do dólar. Trump confirmou apenas uma sobretaxa de 10% sobre produtos chineses e de 25% para mercadorias do México e do Canadá, com vigência a partir de 1º de fevereiro, aliviando a pressão sobre os mercados emergentes.
Além disso, os percentuais abaixo das expectativas ajudaram a reduzir as preocupações com a inflação norte-americana, o que pode levar o Federal Reserve (Fed) a manter os juros estáveis. Juros mais baixos em economias avançadas beneficiam países como o Brasil, pois estimulam o fluxo de capital estrangeiro, valorizando o real e trazendo maior estabilidade ao mercado financeiro.
Com informações da Agência Brasil.
