Brasil

Dia Nacional do Samba: Um símbolo da cultura brasileira celebrado em 2 de dezembro

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[Foto: Ilustrativa / Richard Souza / GE]

O samba, uma das manifestações mais autênticas da cultura brasileira, ganha destaque nesta segunda-feira (02/11) com a comemoração do Dia Nacional do Samba. O estilo musical, que carrega em seu ritmo e melodia a essência do povo brasileiro, transcende barreiras regionais e sociais.

Embora a data de 2 de dezembro esteja associada há décadas ao samba em diversas cidades, como Rio de Janeiro e Salvador, sua oficialização em âmbito nacional passou por um longo caminho. Entre os principais marcos legislativos estão o Projeto de Lei nº 1.713-A, de 2007, do então deputado Indio da Costa, e a Lei nº 14.567, de 2023, que reconheceu as escolas de samba e seus desfiles como manifestações culturais do país.

A escolha do dia remonta a histórias curiosas e ainda sem consenso. Uma das narrativas mais difundidas associa a data a uma visita do compositor Ary Barroso à Bahia. Outra hipótese relaciona o dia ao tradicional Trem do Samba, criado em 1996, que celebra o gênero em um trajeto especial partindo da Central do Brasil, no Rio de Janeiro.

O samba ganhou forma no início do século 20, destacando-se como um estilo urbano e moderno. Em 1916, “Pelo Telefone”, de Donga, foi gravado como o primeiro samba registrado, marcando o início de uma era que viu nascer nomes como Pixinguinha, Sinhô e Heitor dos Prazeres. A partir daí, o gênero expandiu-se dos morros cariocas para os salões da zona sul e rádios de todo o país.

Durante as décadas seguintes, artistas como Dorival Caymmi e João Gilberto deram ao samba novas nuances, misturando-o a influências internacionais e criando subgêneros que vão do samba-canção ao samba-enredo, responsável por dar vida aos desfiles de carnaval.

O samba é um gênero plural, com vertentes que atendem a diferentes gostos e contextos. Desde o samba de partido-alto, que reflete a realidade das periferias, até o samba-exaltação, que enaltece as riquezas do Brasil, cada variação carrega consigo a marca da criatividade brasileira. O samba de roda, por sua vez, remonta às raízes afro-brasileiras, enquanto o samba-rock mistura o ritmo com influências do jazz, popularizando-se entre as décadas de 50 e 60.

Ao longo de sua história, o samba revelou grandes nomes da música nacional. Artistas como Cartola, Elza Soares, Beth Carvalho, Paulinho da Viola, Leci Brandão e Martinho da Vila deixaram um legado que inspira novas gerações de sambistas.

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