
Coronavírus. Foto: Alissa Eckert, MS, Dan Higgins, MAM
[Foto: Alissa Eckert, MS, Dan Higgins, MAM]
O secretário de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, Robert F. Kennedy Jr., anunciou recentemente que o governo federal deixaria de recomendar a vacinação contra a COVID-19 para crianças saudáveis e gestantes. Segundo ele, essas orientações seriam removidas do calendário oficial de imunização do país. No entanto, essa decisão foi contradita por uma atualização divulgada pelo CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças).
De acordo com o novo texto publicado no site do CDC, as vacinas contra a COVID-19 continuam recomendadas para crianças a partir dos 6 meses de idade. A recomendação, no entanto, passa a ser feita por meio de um modelo chamado “tomada de decisão clínica compartilhada”, em que médicos e responsáveis avaliam juntos a necessidade de vacinação, com base nas condições de saúde da criança e no julgamento clínico do profissional.
A mudança tem gerado preocupação entre especialistas, que alertam para o risco de confusão entre a população e uma possível queda na cobertura vacinal. Há também receio de que planos de saúde deixem de cobrir as vacinas se não houver uma recomendação federal clara.
A decisão de Kennedy Jr. foi tomada sem consulta prévia ao CDC nem à FDA (agência reguladora de medicamentos e alimentos dos EUA), o que provocou críticas por parte da comunidade médica e levantou dúvidas sobre a coordenação das políticas públicas de saúde no país.
A informação foi publicada pelo jornal norte-americano The Washington Post.