Debatedores pedem monitoramento de redes sociais para prevenir ataques a escolas
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Nesta quarta-feira (26), na Comissão de Educação, debatedores associaram a disseminação de discursos de ódio na internet aos recentes ataques a escolas e cobraram um monitoramento mais rigoroso das redes sociais usadas pelos jovens. Na audiência presidida pela senadora Teresa Leitão (PT-PE), representantes do governo e dirigentes da educação defenderam ações coordenadas para estabelecer uma cultura de paz, rejeitando medidas de reforço de policiamento nas escolas.
A secretária de Educação do Rio Grande do Sul e vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Raquel Teixeira, definiu como surpreendente o número crescente de ataques a escolas, situação agravada pela crise pós-pandemia e pela disseminação de ameaças pela internet. Ela enfatizou a importância de verificar a fonte e as evidências antes de compartilhar qualquer notícia nas redes sociais.
Zara Figueiredo Tripodi, secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação, citou estatísticas internacionais que não apontam relação entre manter guardas armados nas escolas e a redução do número de vítimas de massacres. Ela sugeriu medidas mais efetivas, como a cultura de paz, para prevenir a violência nas escolas.
Andressa Pellanda, coordenadora da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, questionou a efetividade das câmeras nas escolas e sugeriu o aumento das penas para crimes com elementos de supremacismo, misoginia, capacitismo e racismo como motivação ou critério de escolha da vítima.
Por fim, Josevanda Franco, da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação de Sergipe, cobrou políticas intersetoriais contra a violência nas escolas, “práticas restaurativas” em lugar de policiamento reforçado, e ações que permitam antever elementos de desarmonia no ambiente escolar. Ela defendeu o monitoramento das redes sociais num trabalho conjunto da escola e da família.