
[Foto: Divulgação / Balai Taman Nasional Gunung Rinjani]
O corpo da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, foi resgatado nesta quarta-feira (25/06) da cratera do Monte Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia. O resgate foi anunciado pela equipes da Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia (Basarnas), tendo sido realizado com o apoio de voluntários e de helicópteros enviados para o local.
Juliana caiu durante uma trilha no vulcão, na manhã de sábado (21), e deslizou por centenas de metros até uma área de difícil acesso. As buscas e mobilizações duraram quatro dias e enfrentaram dificuldades causadas por más condições climáticas, neblina densa, terreno íngreme e limitações logísticas.
Na terça-feira (24), por volta das 18h (horário local), um dos resgatistas conseguiu chegar até a brasileira, mas ela já estava sem vida. Devido à complexidade do terreno, a equipe precisou montar um acampamento no local. O içamento do corpo foi concluído nesta quarta-feira por volta das 14h45 (horário local), e o deslocamento da maca com o corpo até a entrada do parque teve início às 15h, com previsão de duração de cerca de oito horas.
A morte da jovem foi confirmada por familiares ainda na manhã de terça-feira, por meio de uma publicação nas redes sociais. A notícia causou forte comoção e revolta entre internautas, que questionaram a demora no resgate e a condução da operação pelas autoridades locais. Críticas foram direcionadas à logística empregada, à transparência das informações e à qualidade dos equipamentos utilizados. A irmã de Juliana, Mariana Marins, também questionou a estrutura disponível, classificando os materiais como inadequados.
Após o incidente, o Parque Nacional Gunung Rinjani anunciou o fechamento temporário da trilha para o Puncak Rinjani, local do acidente, como forma de garantir a segurança e facilitar a evacuação da vítima. A decisão foi tomada quatro dias após o ocorrido.
Juliana Marins era formada em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e atuava como dançarina de pole dance. Ela compartilhava registros de sua viagem pelas redes sociais e havia passado por outros países da Ásia, como Vietnã, Filipinas e Tailândia.
O caso segue gerando grande repercussão nas redes sociais. Familiares afirmaram que vão buscar justiça e apontaram que Juliana “sofreu uma grande negligência por parte da equipe de resgate”, destacando que, se o atendimento tivesse sido feito dentro do prazo estimado de sete horas, ela poderia ter sobrevivido.
A última publicação da família agradeceu o apoio de voluntários e das pessoas que contribuíram de alguma forma para viabilizar o resgate. Representantes da Embaixada do Brasil acompanharam a operação e prestaram apoio aos parentes da jovem no local.