Concessionária desiste de gerir sistema de trens no Rio de Janeiro
[Foto: Ilustrativa]
O governador Cláudio Castro anunciou que a concessionária japonesa Gumi, que geria o sistema de trens da Supervia, desistiu de continuar prestando o serviço. A Gumi é parte do conglomerado Mitsui, um dos maiores do mundo, mas, segundo o governador, o modelo de concessão não funcionou e a população do Rio sofreu com a falta de qualidade no transporte.
Castro afirmou que o governo estadual fez esforços para apoiar a concessionária na entrega de um serviço digno, incluindo um aporte de cerca de R$ 400 milhões em 2022 para compensar as perdas com a queda do número de passageiros durante a pandemia. No entanto, os resultados esperados não foram alcançados e a população continuou enfrentando atrasos, desconforto, paralisações e até acidentes na malha ferroviária.
O governador garantiu que a transição para uma nova empresa será transparente e tranquila, mas destacou que será necessário um novo modelo de concessão que atenda aos anseios e respeite o direito da população do estado.
A Supervia é responsável pelo transporte ferroviário de passageiros na região metropolitana do Rio de Janeiro.
Nota do governador Cláudio Castro sobre reunião com concessionária da Supervia:
Recebi os executivos da Gumi, empresa japonesa concessionária da Supervia. Diante da cobrança do Governo do Estado por investimentos que melhorem os serviços à população, a empresa confirmou que desistiu de gerir o sistema de trens metropolitano.
Cláudio Castro, Governador do estado do Rio de Janeiro
Da nossa parte, foram feitos esforços para apoiar a concessionária na entrega de um serviço digno à população. Fizemos aporte de cerca de R$ 400 milhões, em 2022, para compensar perdas com a queda do número de passageiros.
A pandemia acabou e os serviços continuaram precários. Cobramos resultados e eles não vieram. A população do Rio seguiu enfrentando atrasos, desconforto, paralisações e até acidentes na malha ferroviária.
A Gumi faz parte do conglomerado Mitsui, um dos maiores do mundo. Porém, o problema está no modelo de concessão que não funciona.
Faremos uma transição transparente e tranquila, garantindo o funcionamento dos serviços até a escolha de uma nova empresa. Mas vamos partir para um novo modelo de concessão que atenda aos anseios e respeite o direito da população do estado.