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Conab registra queda nos preços de batata, banana, laranja e melancia nas Ceasas do Brasil

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[Foto: Ilustrativa / Richard Souza / AN]

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta segunda-feira (20/05) o 5º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), revelando uma queda nos preços de produtos como batata, banana, laranja e melancia nas centrais de abastecimento (Ceasas) do país.

Segundo os dados apresentados, o preço da batata caiu pelo segundo mês consecutivo nos meses de março e abril, apesar da menor oferta no mercado. A Conab atribui essa queda à redução na demanda. A maior diminuição foi registrada em Santa Catarina, com uma queda de 25,1% em relação a março. No entanto, a expectativa para maio é de um possível aumento nos preços devido ao início da entressafra do tubérculo.

“No início deste mês, a média dos preços nas Ceasas está acima da praticada em abril”, informou a Conab ao ressaltar que pode estar iniciando um “período de entressafra do tubérculo, uma vez que há uma tendência de o pico da safra das águas ter passado, e iniciado, por outro lado, a safra da seca/inverno, que ainda não se apresenta suficiente forte para pressionar a cotações para baixo”, explica a companhia.

Ainda de acordo com a Conab, a queda nos preços da banana se deve ao aumento da oferta, especialmente das variedades nanica e prata provenientes do Vale do Ribeira em São Paulo, do norte de Minas Gerais e do norte de Santa Catarina. A Conab prevê uma boa safra em junho, o que pode reduzir ainda mais os preços.

“Há perspectiva da chegada de boa safra em meados de junho, as cotações devem diminuir ainda mais, tanto para a variedade prata quanto nanica”, diz a companhia.

Para a laranja e a melancia, a queda nos preços é atribuída às condições climáticas mais frias, que diminuem a demanda por essas frutas.

“Já as demais frutas e hortaliças analisadas no Boletim Prohort ficaram mais caras no último mês. No caso da alface, as chuvas registradas nas regiões produtoras até o meio do mês passado impactaram na oferta da folhosa e elevaram os preços. Para a cenoura, a alta interrompe dois meses de queda nas cotações praticadas. Com o menor envio da raiz a partir de Minas Gerais, principal abastecedor, ocorre a natural pressão de demanda sobre produções de outros estados”, informou a Conab.

Outras hortaliças e frutas

Enquanto algumas hortaliças e frutas ficaram mais caras no último mês, como a alface e a cenoura, devido a chuvas nas regiões produtoras e menor envio de Minas Gerais, a cebola e o tomate também apresentaram variações nos preços.

A cebola manteve alta desde outubro de 2023, exceto em janeiro, e a descentralização da oferta a partir de maio deve reduzir os preços devido aos menores custos de transporte. Já o tomate, apesar do aumento na quantidade enviada aos atacados em abril, não teve redução de preço devido à entressafra.

Comercialização em 2023

A Conab também apresentou um balanço da comercialização de frutas e hortaliças nas 57 Ceasas do Brasil em 2023, com um total de 17,4 milhões de toneladas movimentadas e R$ 66,7 bilhões comercializados. O resultado representa um aumento de 4,73% no volume e 9,6% no valor comparado a 2022. A exceção foi a região Sul, que teve uma redução no volume comercializado e no valor transacionado devido aos efeitos do El Niño e ao excesso de chuvas.

*Com informações de Conab

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