Cerimônia de abertura das Olimpíadas Paris 2024 decepciona
A cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris 2024, que ocorreu recentemente, deixou muitos espectadores desapontados. Tradicionalmente, essas cerimônias são conhecidas por suas apresentações grandiosas, repletas de voluntários e artistas que, com a ajuda de recursos de luz, som e tecnologia, criam um espetáculo memorável. No entanto, a tentativa de inovar em Paris não teve o resultado esperado.
Ao invés do tradicional estádio, a abertura foi realizada ao longo do rio Sena. A tocha olímpica chegou em um pequeno barco de cor cinza escuro, considerado por muitos como visualmente triste. Além disso, as delegações dos países participantes, que normalmente desfilam agrupadas pelo estádio, chegaram em barcos despadronizados de diferentes modelos e tamanhos, o que resultou em uma aparência desorganizada.
A irregularidade do evento também se refletiu no espaço entre as delegações, que variou significativamente. Pequenos shows foram realizados entre as passagens das delegações, mas ocorreram em pontos fixos e contaram com pouca participação de voluntários. Esse aspecto contrastou com as cerimônias passadas, onde a participação de muitos voluntários em coreografias complexas valorizava o trabalho coletivo.
Desenho animado dos Minions, réplica do quadro da Monalisa flutuando no rio e hino sendo interpretado por cantora distante e atrás do público também fizeram parte da cerimônia.
A distância entre as apresentações também não favoreceu o acompanhamento pelo público presente, que ficou exposto à chuva em arquibancadas sem cobertura. Aparentemente, a cerimônia de abertura, que explorou diversos pontos turísticos da cidade, pode ter sido planejada para a transmissão pela televisão.
A falta de uniformidade nos barcos e a ausência de uma coordenação visual coesa fizeram da abertura um desfile fragmentado de embarcações, que não pareciam compor um evento único e integrado. Embora toda abertura olímpica traga algo diferente, dessa vez, as mudanças não foram positivas como em edições anteriores.
Por Richard Souza
