
[Foto: Ilustrativa / LensGO]
O Brasil registrou, no segundo trimestre de 2025, o menor número de pessoas desempregadas há mais de um ano desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) Trimestral, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De abril a junho, 1,913 milhão de trabalhadores estavam em busca de emprego há mais de 12 meses, número 21% menor que no mesmo período de 2024, quando havia 2,4 milhões nessa condição.
A pesquisa considera como desocupada apenas a pessoa que está efetivamente procurando emprego e abrange todas as formas de ocupação. No levantamento, realizado em 211 mil domicílios, o IBGE identificou queda em todas as faixas de tempo de procura. Entre quem buscava trabalho de um mês a menos de um ano, foram 3,2 milhões de pessoas, também o menor índice desde 2012. No grupo de um a menos de dois anos de busca, o contingente foi de 659 mil, igualmente o menor da série.
O levantamento ainda detalha que, no segundo trimestre, a taxa de desemprego nacional foi de 5,8%, a menor já registrada. Dezoito das 27 unidades da federação tiveram redução do desemprego em relação ao trimestre anterior, com índices variando de 2,2% em Santa Catarina a 10,4% em Pernambuco. Doze estados marcaram recorde de menor desemprego para um segundo trimestre, entre eles Minas Gerais (4%), São Paulo (5,1%) e Bahia (9,1%).
A PNAD também mostrou desigualdades no perfil dos desocupados. A taxa de desemprego entre mulheres foi de 6,9%, contra 4,8% entre homens. Pessoas pretas (7%) e pardas (6,4%) registraram índices acima da média, enquanto entre brancos a taxa foi de 4,8%. O nível de instrução também influenciou os resultados: quem tem ensino médio incompleto apresentou taxa de 9,4%, enquanto entre aqueles com ensino superior completo o índice foi de 3,2%.
*Com informações de IBGE