
[Foto: Richard Souza / AN]
Representantes de movimentos sociais, partidos políticos, universidades, juristas, centrais sindicais e organizações da sociedade civil realizaram um ato nesta sexta-feira (25), na Faculdade de Direito da USP, em São Paulo, em defesa da soberania nacional. O evento ocorre em resposta à recente imposição de tarifas dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, sob justificativa de perseguição política ao ex-presidente Jair Bolsonaro, réu no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado.
Durante o ato, foi lido um manifesto que condena qualquer forma de intervenção externa nos assuntos internos do Brasil. O documento, assinado por mais de 100 entidades, rejeita “intromissões estranhas à ordem jurídica nacional” e reforça que os processos judiciais no país seguem os princípios do devido processo legal, com decisões fundamentadas e públicas.
O texto também afirma que a sociedade brasileira não aceitará ameaças à sua autonomia e destaca a importância de preservar as instituições e os direitos democráticos conquistados. “A nação brasileira jamais abrirá mão de sua soberania”, diz o manifesto.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em agenda em Osasco (SP), declarou-se disposto a negociar a taxação de 50% que os EUA pretendem impor às exportações brasileiras a partir de 1º de agosto. Segundo o governo federal, até o momento, não houve abertura de diálogo por parte da gestão do presidente norte-americano Donald Trump.
No ato da USP, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que o banco está preparado para apoiar as empresas brasileiras que podem ser afetadas pela nova política tarifária. O evento no Largo São Francisco reuniu amplos setores da sociedade em um posicionamento unificado pela defesa da democracia, da legalidade e da soberania do Brasil.
Com informações da Agência Brasil.