
[Foto: Marcos Oliveira / Agência Senado]
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal (PF) ouça Fábio Wajngarten e Paulo Costa Bueno no âmbito do Inquérito 5005, que apura tentativas de acesso indevido ao conteúdo da delação premiada de Mauro Cid. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (25/06).
Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação Social da Presidência, e Paulo Costa Bueno, um dos advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro, são citados em declarações apresentadas pela defesa de Cid. Segundo os advogados do ex-ajudante de ordens, ambos teriam atuado junto a familiares de Cid — mãe, esposa e filha — para obter informações sigilosas da colaboração premiada e influenciar a substituição da equipe de defesa do militar.
A investigação foi aberta no STF para apurar a atuação do ex-assessor presidencial Marcelo Câmara e do advogado Luiz Eduardo Kuntz. Câmara, réu por tentativa de golpe de Estado, foi preso na semana passada. As novas informações juntadas ao processo indicam que Wajngarten e Bueno podem ter agido com o mesmo objetivo.
A PF terá cinco dias para ouvir os dois investigados e dez dias para anexar ao inquérito o laudo de remoção e análise de dados do celular da filha de Cid, entregue voluntariamente à corporação. O aparelho teria sido utilizado para trocas de mensagens no WhatsApp com os investigados.
De acordo com o ministro Alexandre de Moraes, os relatos apontam indícios do crime de interferência em investigação de infração penal envolvendo organização criminosa.
*Com informações de STF