[Foto: Ilustrativa / Richard Souza / AN]
O ex-vice-presidente dos Estados Unidos e ativista ambiental Al Gore visitou, nesta sexta-feira (14/11), o Pavilhão do Balanço Ético Global (BEG), localizado na Zona Azul da COP30, em Belém (PA). O espaço integra a etapa final da iniciativa internacional que mobiliza diversos setores da sociedade para formular soluções éticas e colaborativas diante dos desafios da crise climática. Durante a visita, Al Gore afirmou que o debate ético “é central no combate à mudança do clima”.
Acompanhado da filha, Karenna Gore, e recebido por representantes do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Al Gore também perguntou sobre os próximos passos da iniciativa. As ações são conduzidas pelos colíderes Karenna Gore, Mary Robinson, Michelle Bachelet, Kailash Satyarthi, Wanjira Mathai e Anote Tong. Nos últimos meses, os Diálogos Regionais realizados nos seis continentes reuniram contribuições de diferentes setores da sociedade, resultando em recomendações prioritárias para chefes de Estado e negociadores da COP30. Essas recomendações estão reunidas em um Relatório Global, cuja meta é tornar permanente sua incorporação à agenda das conferências do clima.
Sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do secretário-geral da ONU, António Guterres, e com coordenação do MMA, o Balanço Ético Global consolida reflexões éticas e políticas originadas dos Diálogos Regionais e de dezenas de encontros autogestionados. O objetivo é contribuir para manter o aquecimento global dentro do limite de 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, conforme estabelecido no Acordo de Paris.
Inspirado no primeiro Balanço Global concluído na COP28, em Dubai, o BEG segue diretrizes que levaram quase 200 países a firmar compromissos sobre a expansão de energias renováveis, eficiência energética, combate ao desmatamento e transição justa para além dos combustíveis fósseis. A iniciativa acompanha também o esforço global promovido pela Presidência da COP30 para acelerar a implementação dos acordos climáticos firmados desde 2015.
Os diálogos realizados ao longo dos últimos meses reuniram lideranças indígenas e de comunidades tradicionais, autoridades políticas e religiosas, cientistas, artistas, jovens, ativistas e representantes da sociedade civil. O conjunto de debates buscou apontar caminhos para uma transformação ecológica profunda, baseada em soluções técnicas disponíveis e em compromisso ético compartilhado.
O processo inclui ainda os Diálogos Autogestionados, que ampliam o alcance territorial e social da iniciativa. Entre esses encontros, houve uma reunião realizada no Vaticano, antes da audiência entre a ministra Marina Silva e o Papa Leão XIV, em Roma.
Com informações da Agência Gov.