[Banco Central do Brasil / Foto: Leonardo Sá / Agência Senado]
[Foto: Leonardo Sá / Agência Senado]
A projeção do mercado financeiro para a inflação oficial de 2025 recuou de 4,55% para 4,46%, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (17/11) pelo Banco Central. A nova estimativa coloca o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dentro do intervalo da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 3%, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
O ajuste ocorreu após a divulgação do IPCA de outubro, que ficou em 0,09%, o menor resultado para o mês desde 1998, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A redução na conta de luz contribuiu para o desempenho. Em 12 meses, a inflação acumula alta de 4,68%, abaixo de 5% pela primeira vez em oito meses.
O Boletim Focus também manteve as projeções de inflação para os anos seguintes: 4,2% em 2026, 3,8% em 2027 e 3,5% em 2028.
Juros seguem estáveis em 15% ao ano
A taxa básica de juros permanece em 15% ao ano, após decisão do Comitê de Política Monetária no início do mês. Segundo o Banco Central, o cenário internacional segue incerto, influenciado pela política econômica dos Estados Unidos. A instituição também destacou que, no Brasil, a inflação ainda está acima da meta, mesmo com a desaceleração da atividade econômica.
O mercado projeta que a Selic termine 2025 no atual patamar. Para 2026, a expectativa é de queda para 12,25% ao ano, seguida de novas reduções para 10,5% em 2027 e 10% em 2028.
Cenário econômico
A estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto se manteve em 2,16% para este ano. Para 2026, a previsão é de avanço de 1,78%, seguido de 1,88% em 2027 e 2% em 2028. No segundo trimestre, o PIB cresceu 0,4%, impulsionado pelos setores de serviços e indústria. Em 2024, a expansão foi de 3,4%, o quarto ano consecutivo de alta.
O câmbio também permanece estável nas projeções: dólar a R$ 5,40 no fim de 2025 e a R$ 5,50 ao final de 2026.
*Com informações de BC