
[Foto: Raul Santana / Acervo Casa Oswaldo Cruz]
Com o objetivo de ampliar a cooperação científica e tecnológica na área de imunobiológicos, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o governo do Panamá assinaram, nesta sexta-feira (12/09), um memorando de entendimento. A parceria foi oficializada durante a inauguração do Centro Regional de Inovação em Vacinas e Biofármacos panamenho (CRIVB AIP), que nasce com a missão de fortalecer a capacidade regional de pesquisa, desenvolvimento e produção de vacinas e biofármacos.
O memorando é resultado do encontro bilateral realizado no fim de agosto entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, em Brasília. Na ocasião, Lula destacou que a agenda simbolizava o recomeço de uma relação entre os países e o fortalecimento da cooperação.
Durante o encontro, Lula afirmou que “a Fiocruz vai ampliar a capacidade panamenha de produção de vacinas e contribuir para o estabelecimento de um polo farmacêutico regional”.
Segundo o presidente da Fiocruz, Mario Moreira, a assinatura do documento “consolida o compromisso da Fiocruz com parcerias que favoreçam o fortalecimento dos sistemas de saúde na América Latina e Caribe, promovendo a integração científica, tecnológica e capacidade local de produção”.
O CRIVB AIP, iniciativa da Secretaria Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação do Panamá, tem estrutura composta por planta de produção de vacinas, laboratórios de diagnóstico e desenvolvimento de produtos, além de programas de capacitação e cooperação regulatória. O objetivo é posicionar o país como um polo regional de inovação em saúde.
Para o vice-diretor de Inovação de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Ricardo de Godoi, a expectativa é de que a parceria avance “em projetos de grande impacto para a saúde pública regional, reafirmando a nossa vocação de instituições que trabalham pela ciência e pela equidade no acesso a vacinas e biofármacos.”
A localização estratégica do Panamá e sua infraestrutura logística poderão permitir distribuição mais ágil de vacinas em toda a América Latina, fortalecendo a resposta a emergências de saúde e promovendo maior soberania sanitária na região.