
Produção industrial | Foto: Imagem Ilustrativa / Google Gemini
[Foto: Imagem Ilustrativa / Google Gemini]
A produção industrial brasileira registrou queda de 0,2% em julho de 2025, na comparação com junho, segundo dados com ajuste sazonal divulgados nesta quarta-feira (03/09) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estastística (IBGE). Apesar do recuo, o setor apresentou expansão de 0,2% frente a julho de 2024, alta acumulada de 1,1% no ano e avanço de 1,9% nos últimos 12 meses.
Na passagem de junho para julho, duas das quatro grandes categorias econômicas e 13 dos 25 ramos pesquisados tiveram retração. A principal influência negativa veio da metalurgia (-2,3%), seguida por outros equipamentos de transporte (-5,3%), impressão e reprodução de gravações (-11,3%), bebidas (-2,2%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-2,0%).
Entre as atividades com crescimento, os destaques foram produtos farmoquímicos e farmacêuticos (7,9%), produtos alimentícios (1,1%), indústrias extrativas (0,8%) e produtos químicos (1,8%).
Por grandes categorias, em julho, recuaram os bens de consumo duráveis (-0,5%) e os bens de capital (-0,2%), enquanto os bens intermediários (0,5%) e os bens de consumo semi e não duráveis (0,1%) registraram crescimento.
Na média móvel trimestral, a indústria apontou queda de 0,3% no trimestre encerrado em julho, após retração de 0,4% em junho. O maior recuo foi de bens de consumo duráveis (-1,3%), seguidos por bens semi e não duráveis (-0,7%) e bens de capital (-0,5%). Apenas os bens intermediários (0,1%) avançaram.
Na comparação com julho de 2024, o crescimento de 0,2% foi sustentado por setores como indústrias extrativas (6,3%), produtos alimentícios (2,2%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (12,0%), máquinas e equipamentos (5,2%) e produtos têxteis (9,9%).
Por outro lado, recuaram coque, derivados de petróleo e biocombustíveis (-7,7%), bebidas (-8,8%), impressão e reprodução de gravações (-29,1%) e produtos de metal (-5,0%).
No acumulado de janeiro a julho, a indústria cresceu 1,1%, com destaque para indústrias extrativas (3,7%), veículos automotores, reboques e carrocerias (4,7%), máquinas e equipamentos (7,9%) e produtos químicos (3,5%). Entre as grandes categorias, a melhor performance foi de bens de consumo duráveis (6,4%), enquanto os bens de consumo semi e não duráveis (-2,6%) foram o único segmento com retração no período.
Segundo a análise com o gerente da pesquisa, André Macedo, fatores econômicos recentes exerceram influência sobre a produção industrial. “Em termos conjunturais, destacam-se os efeitos de uma política monetária mais restritiva – que encarece o crédito, eleva a inadimplência e afeta negativamente as decisões de consumo e investimentos. Esses fatores contribuíram para limitar o ritmo de crescimento da produção industrial no período, refletindo-se em resultados mais moderados frente aos meses anteriores”, analisa Macedo.
Quedas na Produção Industrial – Julho de 2025
Variações negativas registradas em julho de 2025 frente a junho de 2025, na série com ajuste sazonal, conforme dados oficiais fornecidos.
Atividade / Categoria | Variação (%) |
---|---|
Indústria Geral | -0,2% |
Média móvel trimestral | -0,3% |
Bens de consumo duráveis | -0,5% |
Bens de capital | -0,2% |
Metalurgia | -2,3% |
Outros equipamentos de transporte | -5,3% |
Impressão e reprodução de gravações | -11,3% |
Bebidas | -2,2% |
Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos | -3,7% |
Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos | -2,0% |
Produtos diversos | -3,5% |
Produtos de borracha e de material plástico | -1,0% |
Bens de consumo semi e não duráveis (média móvel trimestral) | -0,7% |
Fonte: IBGE.
*Com informações de IBGE