
[Banco Central do Brasil / Foto: Leonardo Sá / Agência Senado]
[Foto: Leonardo Sá / Agência Senado]
O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (1º) pelo Banco Central (BC), mostrou a 14ª redução consecutiva na estimativa da inflação para este ano. A projeção do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 4,86% para 4,85% em 2025.
Para os anos seguintes, as expectativas também foram revisadas para baixo: 4,31% em 2026, 3,94% em 2027 e 3,8% em 2028. Mesmo com a redução, a projeção para 2025 continua acima do teto da meta de 4,5%, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta central é de 3%, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Juros básicos e política monetária
O mercado financeiro prevê que a taxa Selic, atualmente em 15% ao ano, termine 2025 nesse mesmo patamar. Para 2026, a expectativa é de queda para 12,5% ao ano, chegando a 10,5% em 2027 e 10% em 2028.
Na última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) interrompeu o ciclo de alta da Selic após sete elevações consecutivas, justificando a decisão pela desaceleração da economia e pelo recuo gradual da inflação. O BC, no entanto, sinalizou que pode retomar o aumento dos juros se houver necessidade diante de pressões externas e instabilidade nos preços.
PIB e câmbio
A previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) também foi ajustada. A expectativa de crescimento da economia brasileira em 2025 passou de 2,18% para 2,19%. Para os anos seguintes, as projeções são de 1,87% em 2026, 1,89% em 2027 e 2% em 2028.
A cotação do dólar deve encerrar 2025 em R$ 5,56, segundo o Focus. Para o fim de 2026, a expectativa é de R$ 5,62.
Inflação atual
Em julho, o IBGE registrou alta de 0,26% no IPCA, influenciada pelo aumento nas contas de energia. No acumulado de 12 meses, a inflação oficial atingiu 5,23%, acima do teto da meta.
*Com informações de BC