
[Foto: Arquivo / Roque de Sá / Agência Senado]
Na abertura da segunda reunião ministerial de 2025, realizada nesta terça-feira (26/08) no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o governo brasileiro está à disposição para negociar questões comerciais em igualdade de condições, em meio à imposição de tarifas de 50% pelos Estados Unidos sobre produtos exportados pelo Brasil.
O presidente destacou que a negociação deve ocorrer sem que o país seja tratado como subalterno. Lula convocou os ministros a defenderem a soberania nacional e afirmou que o Brasil mantém relações cordiais com outros países, mas não aceita “desaforo, ofensas ou petulância de ninguém”.
Durante a reunião, Lula criticou o deputado federal Eduardo Bolsonaro, afirmando que a atuação do parlamentar junto ao governo dos EUA para impor sanções ao Brasil configura “uma das maiores traições” cometidas por um brasileiro à própria pátria. O presidente disse que o caso será tratado no campo político, e não governamental, para garantir respeito ao país.
“O que está acontecendo hoje no Brasil com a família do ex-presidente [Jair Bolsonaro] e com o comportamento do filho dele nos Estados Unidos é, possivelmente, uma das maiores traições que uma pátria sofre de filhos seus”, disse o presidente.

O presidente também comentou sobre conflitos internacionais. Ele avaliou que Rússia, Ucrânia, União Europeia e Estados Unidos já sabem que é o momento de encerrar a guerra na Europa. Lula criticou o conflito entre Israel e Hamas, classificando a situação na Faixa de Gaza como genocídio, com mortes de civis e crianças em situação de fome.
“Temos a continuidade do genocídio na Faixa de Gaza, que não para, todo dia mais gente morre, crianças que estão com fome aparecem na mídia e são assassinadas como ser fossem do Hamas”, finalizou Lula.