
A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou julho com alta de 0,26%, segundo dados divulgados nesta terça-feira (12/08) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou acima do registrado em junho (0,24%) e foi influenciado principalmente pela elevação de 3,04% na energia elétrica residencial, que respondeu pelo maior impacto individual no índice (0,12 ponto percentual).
O aumento na conta de luz foi impulsionado pela manutenção da bandeira tarifária vermelha patamar 1, que acrescenta R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos, e por reajustes aplicados em cidades como São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Rio de Janeiro. Sem esse efeito, o IPCA de julho teria sido de 0,15%. No acumulado de janeiro a julho, a energia elétrica subiu 10,18%, a maior variação para o período desde 2018.
Por outro lado, o grupo alimentos e bebidas registrou queda de 0,27%, garantindo alívio de 0,06 p.p. no índice. A alimentação no domicílio recuou 0,69%, com destaque para batata-inglesa (-20,27%), cebola (-13,26%) e arroz (-2,89%).
No acumulado de 12 meses, o IPCA está em 5,23%, acima do teto da meta de 4,5% definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Entre os nove grupos pesquisados, três tiveram deflação: alimentos e bebidas, vestuário (-0,54%) e comunicação (-0,09%). Já os transportes subiram 0,35%, impulsionados pelas passagens aéreas (+19,92%), e as despesas pessoais avançaram 0,76%, influenciadas pelo reajuste nas loterias (+11,17%).
A pesquisa considera famílias com renda de um a 40 salários mínimos, em 16 capitais e regiões metropolitanas do país.
*Com informações de IBGE