[Foto: Ilustrativa / Ricardo Stuckert / PR]
Durante reunião de alto nível realizada nesta segunda-feira (21), em Santiago, no Chile, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um alerta sobre os riscos que o extremismo representa para a democracia. Em declaração a jornalistas, Lula comparou a atual onda de radicalização política à ascensão do Partido Nazista na Alemanha, nos anos 1930.
“Porque a democracia corre risco com o extremismo como ocorreu na fundação do Partido Nazista, com a questão da ascensão do [Adolf] Hitler. […] O que nós queremos é o exercício da democracia, com tolerância, com respeito à diversidade, com respeito ao pensamento ideológico, com respeito à cultura de cada país, a cada religião”, afirmou o presidente brasileiro.
A fala foi feita durante o evento Democracia Sempre, organizado pelo presidente chileno Gabriel Boric, e contou com a participação dos líderes da Colômbia, Gustavo Petro; da Espanha, Pedro Sánchez; e do Uruguai, Yamandú Orsi. O encontro debateu temas como defesa da democracia e do multilateralismo, combate às desigualdades e o enfrentamento à desinformação no ambiente digital.
Ao final da reunião, foi divulgada uma declaração conjunta com compromissos que incluem a promoção do multilateralismo participativo, a reforma do sistema de governança global e o fortalecimento da diplomacia baseada em direitos humanos e justiça social.
Lula também comentou sobre a recente escalada tarifária por parte dos Estados Unidos, afirmando que ainda não há guerra tarifária formal, mas alertou que poderá haver reação caso as medidas impostas pelo presidente Donald Trump não sejam revistas. O presidente brasileiro destacou a atuação do Ministério das Relações Exteriores e do vice-presidente Geraldo Alckmin nas tratativas e incentivou o diálogo direto entre empresários brasileiros e norte-americanos.
O evento no Chile dá continuidade à primeira reunião “Em Defesa da Democracia: Lutando contra o Extremismo”, realizada em setembro de 2024, em Nova York. Um novo encontro está previsto para setembro deste ano, durante a 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas.
Com informações da Agência Brasil.
