
[Foto: Reprodução / Vídeo do Instagram ]
A confirmação da morte da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que caiu durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, gerou grande repercussão nas redes sociais nesta terça-feira (24/06). A jovem foi localizada sem vida após quatro dias de buscas, e o caso mobilizou internautas que expressaram tristeza e indignação diante da condução do resgate.
Durante as operações, o governo indonésio chegou a informar que Juliana havia sido encontrada, mas a família desmentiu a informação. Nesta terça-feira, o Parque Nacional Gunung Rinjani anunciou o fechamento temporário da trilha para o Puncak Rinjani, local do acidente, afirmando que a medida tem como objetivo “acelerar o processo de evacuação da vítima do acidente”, além de garantir a segurança e manter a ordem na região.
No entanto, a medida foi anunciada quatro dias após o acidente. A demora nas ações e as informações conflitantes aumentaram as críticas. “A dor aumenta diante da revolta: Juliana Marins poderia ter sido salva nos primeiros dias, mas o governo local demorou a agir e a deixou sozinha no penhasco”, escreveu um usuário.
Outro comentou: “Foram 4 dias de pura negligência do governo da Indonésia, foram 4 dias esperando uma ajuda que não veio a tempo, foram 4 dias passando fome, cedo, frio, chuva. Foram 4 dias uma esperança de que a Juliana voltasse, mas não foi o que aconteceu”.
Algumas publicações questionaram a transparência das informações divulgadas. “Deixou de ser acidente e virou crime a partir do momento que mentiram sobre o resgate da Juliana para a mídia internacional. Isso foi de uma crueldade sem tamanho”, disse uma internauta.
Outros usuários chamaram atenção para a conduta das equipes de resgate: “Triste saber que a Juliana não morreu na queda, ela morreu pelo descaso das equipes de resgate. E dificilmente os responsáveis por isso vão ser punidos”.
Mariana Marins, irmã da jovem, também questionou o preparo e os materiais utilizados durante as tentativas de resgate de Juliana. Em rede social, no perfil criado para divulgar informações sobre o caso, ela disse: “Com os materiais péssimos, ridículos, cordas minúsculas e preparação zero também para isso, para esse tipo de resgate”, afirmou.
Nas redes, internautas também pediram posicionamento do governo brasileiro e sugeriram cautela em viagens ao país asiático. “O governo deve emitir uma nota aconselhando o povo brasileiro a não viajar, visitar e muito menos fazer turismo na Indonésia. A morte de Juliana foi causada pelo descaso do governo indonésio”, publicou outro perfil.
O acidente
O acidente ocorreu na madrugada do último sábado (21/06), no horário local, início da noite da sexta (20), no horário de Brasília. Juliana Marins, de 26 anos sofreu uma queda durante uma trilha no vulcão Rinjani, localizado na ilha de Lombok, na Indonésia.
Segundo informações divulgadas pela família, Juliana foi vista com vida no mesmo dia por meio de imagens captadas por um drone. Apesar disso, os familiares desmentem relatos que circulam nas redes sociais de que ela teria sido resgatada. De acordo com eles, a embaixada brasileira em Jacarta e o governo indonésio divulgaram inicialmente que a jovem havia sido localizada e teria recebido água, comida e agasalho, o que não foi confirmado.
Juliana
Juliana Marins é formada em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e atua profissionalmente como dançarina de pole dance. Ela compartilha momentos da viagem pelas redes sociais e já havia passado por países como Filipinas, Vietnã e Tailândia.