
A wide view of the Security Council Chamber as the Security Council meets on the situation in the Middle East.
[Foto: Ilustrativa / Loey Felipe / UN Photo]
As Nações Unidas receberam positivamente o anúncio de cessar-fogo entre Irã e Israel feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na madrugada desta terça-feira. O secretário-geral da ONU, António Guterres, usou suas redes sociais para pedir que ambos os países “respeitem integralmente a trégua.”
Guterres afirmou que as ofensivas militares precisam cessar imediatamente, destacando o sofrimento das populações de Irã e Israel, e manifestou esperança de que o cessar-fogo se estenda para outras regiões do Oriente Médio.
Apesar do anúncio, ataques foram registrados por moradores de Teerã antes da confirmação da suspensão das ações militares. Trump, a caminho de encontro da Otan na Holanda, afirmou não estar satisfeito com as violações do cessar-fogo e reforçou o pedido para que Israel e Irã respeitem a trégua.
Ainda nesta terça-feira, Rafael Mariano Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), pediu que o Irã retome a cooperação sobre seu programa nuclear, apontando a importância desse diálogo para a resolução diplomática do conflito nuclear. Grossi se ofereceu para se reunir com o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi.
Dados oficiais do Irã indicam 610 mortos, entre eles 49 mulheres e 13 crianças, e 4.746 feridos desde o início dos ataques, em 13 de junho. Em Israel, cerca de 28 civis foram mortos por mísseis iranianos.
O Escritório de Direitos Humanos da ONU ressaltou a necessidade da proteção constante de civis. Recentemente, o Irã transferiu presos da penitenciária de Evin para outras unidades em Teerã após danos causados por ataque israelense, sem detalhes confirmados sobre o ocorrido.
Especialistas em direitos humanos expressaram preocupação com o uso de crimes de segurança nacional pelo Irã, que incluem punições com pena de morte, além do elevado número de execuções registrado em 2023, o maior desde 2015. Também foram denunciados casos de tortura e ataques a minorias, jornalistas e defensores dos direitos humanos no país.
*Com informações de ONU