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Ministro do STF assiste nesta segunda-feira o vídeo da reunião ministerial de 22 de abril

[Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF]

O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, deve assistir nesta segunda-feira (18), o vídeo da reunião Ministerial de 22 de abril.

A reunião passou a ser o centro das atenções após o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, ter dito que durante a reunião o Presidente Jair Bolsonaro teria expressado um tentativa de interferência na Polícia Federal.

O vídeo foi apresentado na terça-feira (12) no Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal em Brasília. Após assistir a gravação, caberá ao Ministro Celso de Mello a decisão se irá tornar o conteúdo público de forma parcial, divulgado na íntegra, ou se a gravação permanecerá em sigilo.

O STF montou um esquema especial para que o Ministro possa assistir a gravação em sua residência. Segundo informações, também assistirão ao vídeo, o chefe de Gabinete no Ministro e o Juiz Federal Auxiliar.

A Advocacia-Geral da União (AGU) entregou trechos do material ao STF na semana passada em que é demonstrado o Presidente Jair Bolsonaro reclamou com os Ministros Presentes na reunião, de que ele não estaria recebendo “informações” da Polícia Federal.

De acordo com informações, o Presidente havia dito durante o encontro que não iria esperar que alguém prejudicasse “sua família toda”.

De acordo com a AGU, as passagens citadas seriam a que são pertinentes às acusações de Sérgio Moro, sobre a interferência do Presidente na Policia Federal e na superintendência da corporação no Rio de Janeiro.

Ainda de acordo com informações, no documento, a Advocacia-Geral da União se manifesta favorável a divulgação das imagens, com exceção apenas das falas em que o Presidente teria citado outros País, que são consideradas “nações amigas”. A AGU pede ainda, sigilo para tudo que foi dito por outros participantes da reunião.

Em live transmitidas nas redes social na última quinta-feira, o Presidente Jair Bolsonaro comentou o assunto e disse que os que esperam que o vídeo seja um “xeque-mate”, vai “cair do cavalo”.

Para a defesa do ex-ministro da Justiça e da Segurança Publica, Sérgio Moro, o vídeo deve ser divulga na íntegra. De acordo com Sérgio Moro, o conteúdo da gravação não possuí assuntos que sejam pertinentes a Segredos de Estado ou que possam ainda gerar incidentes diplomáticos, muito menos colocar em risco a Segurança Nacional.

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